Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

DESEJOS DE BOAS FESTAS...

... e blá blá blá... mais a conversa do costume.


Acima de tudo desejo que tenham momentos felizes junto daqueles que mais amam. Que se recordem desses momentos ao longo do ano que aí vem. E acima de tudo, que sejam felizes e que se amem a vós próprios, como gostariam que todos se amassem.

Abraço-os a todos


domingo, 4 de dezembro de 2016

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Pensamento

Procurar num ninho de ratos um guarda para o queijo... realmente não parece ser o local certo.


domingo, 6 de novembro de 2016

Almoços de família...

... com pessoas que não conheço e possivelmente não voltarei a ver: odeio.

Mas pronto, lá tive que fazer o esforço, por razões maternais.


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Aquelas tardes em que o mar se confunde com o céu



Está assim nesta tarde de final de Outubro, em pleno Outono. Daqui donde me encontro o mar apresenta uma calma aparente, mas o som é inconfundível. As ondas batem na areia e a espuma branca forma uma orla, qual renda de um pano de cozinha, separando a areia da água.

As eternas vigilantes desta costa não se dão a ver no céu, sinal de tempestade, tal como prevê o velho provérbio popular. Gaivotas em terra... e calma nos meus pensamentos. O desejo de aqui estar foi maior que o medo à tempestade.

Está quente, marca o termómetro vinte graus, temperatura quente para quem já deseja que o frio obrigue a mudar a roupa dos armários. Os poetas já o desejavam há mais tempo, o amor das suas composições aquece muito mais durante o tempo frio. Como é que eu sei? Porque também um dia pensei ser poeta.

Uma leve aragem, um presumível ensaio para o vento que se espera para a noite, aumentando a acção do frio aos nossos corpos, aquela sensação que manda os dentes de baixo baterem nos seus irmãos, aqueles que rodeiam o céu, da boca.

Aqui dentro, no habitáculo da minha montada, o meu veículo de quatro rodas e motor a combustão interna, não se sente tanto a aragem, sinto-me protegido embora ansioso de sair e deixar as partículas baterem na minha pele exposta.

O mar revolto mantém-se lá em baixo, ruidoso, furioso com a terra, chicoteando-a com as suas partículas molhadas, essas que arrastam os grãos de areia que povoam a superfície onde o mesmo mar se desloca.

Só tenho a agradecer ao mar, a esse grandioso Atlântico, que uma vez mais me trouxe a saudosa inspiração, que alimenta as células cinzentas que povoam o meu interior craniano.

Mudo de página neste velho caderno quadriculado, base onde deposito a tinta que escorre pela esferográfica, formando letra a letra estas palavras, que no seu conjunto tentam formar frases com algum sentido. Dizem alguns que consigo esse sentido com alguma facilidade, já eu, na minha franca modéstia, achou que sou apenas um sortudo, que consegue mesmo com um pouco de azar por vezes, criar textos com algum interesse.

Uma gaivota aventura-se, levantou voo como se quisesse contrariar a minha previsão. Só uma apenas... como eu a compreendo... sim. Tantas vezes sou o tal que tenta contrariar certas tendências, interesses instalados em mentes desconfiadas, de gente que se diz inteligente. Talvez seja eu o parvo e nunca tenha dado por isso.

A luz, aos poucos, cria a fronteira que divide o dia da noite. Daqui a menos de uma semana notar-se-á que o lusco-fusco surgirá mais cedo, resultado da conversão temporal da hora de Inverno, essa maluca estação sinónima de frio, chuva e escuridão.

Penso seriamente se terei coragem de transcrever estas palavras para o moderno formato digital. Caso alguém esteja a ler, é sinal que a vontade de avançar superou o desejo de manter estes pensamentos no meu caderno de escritos pessoais, íntimos. Sorte (ou azar) de quem os leia.

Doem-me os dedos, resultado desta má posição em que me encontro no momento, sem uma base sólida para pousar o caderno. A mão obriga o pulso a manter-se no ar, uma certa dormência ataca-me a base do mindinho, perdendo a sensibilidade. Não me queixo, é apenas o resultado desta vontade de escrever à mão, como memória de outros tempos onde a informática era apenas um sonho de juventude.

Mudo de posição no banco, olho o mar, algumas nuvens menos densas deixam passar alguma luminosidade, amarelada, de final de dia. Já a ira do mar não sofreu qualquer alteração. É esse meu velho amigo rezingão a lembrar-me que ainda por ali está.

Duas luzes na imensidão agora cinzenta escura: uma branca num pequeno barco de pesca; outra vermelha, no alto do farol, guiando os marinheiros para a segurança da terra, do lar de cada um. Desejo que cada um desses bravos homens chegue em segurança aos braços de quem os espera no quente dos seus lares: as ansiosas mulheres, sempre com o coração na boca e os filhos, essa descendência a que desejam sempre melhor sorte.

A falta de luz puxa pelos meus olhos, visão já cansada, sinal que é o momento certo para parar de escrever.

Algures na costa Oeste, 26-Outubro-2016


terça-feira, 25 de outubro de 2016

Uno

Aquela sensação de não te ter ali ao lado quando acordo todas as manhãs.



Estás algures... sim estás...


sábado, 22 de outubro de 2016

Bloqueio

bloquear
verbo transitivo

Pôr bloqueio a.

Sim, já bloqueei diversos contactos: skype, facebook e mais uma série de redes sociais (umas mais que outras) onde mantenho perfis.




Não sou diferente dos que já fizeram o mesmo comigo, por isso não é assunto que me deixe alguma preocupação. Se por um lado abdiquei de possíveis boas amizades por outro foram os que me bloquearam que deixaram de conhecer a excelente pessoa que sou (estou a ser um pouco sarcástico, claro).



O que me chateia é que me bloqueiem depois de me conhecerem, mesmo que não pessoalmente, quando já partilhei tanto de mim, quando houve esperança de nascer uma boa amizade ou quiçá, algo mais que isso.


Eu mereço... já diz o velho provérbio "não bloqueies os outros quando não queres que te bloqueiem"...


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Quando...

... me dão a segunda oportunidade, é para ser aproveitada.


... me pedem a segunda oportunidade, é indescritível.


... o resultado é positivo, é prova de sermos vencedores.


sábado, 15 de outubro de 2016

Não me quero envolver em polémicas mas...

... Prémio Nobel da Literatura para Bob Dylan?!



Quem virá a seguir?



Comentário do seguidor Francisco, que eliminei por descuido: "Até medo de saber quem serão os próximos"


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Um pôr-do-sol em Outubro

Bonito este pôr-do-sol no Oeste.



Faltaste para que pudéssemos apreciá-lo juntos...



quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Acabar...

... antes mesmo de começar.

É estranho.


Limoeiro


Por acaso tenho um limoeiro junto ao canteiro da hortelã menta.


quarta-feira, 28 de setembro de 2016

No rancho fundo

Já aqui referi várias vezes a minha paixão por diversos estilos musicais, nomeadamente a música sertaneja oriunda do Brasil. "No rancho fundo" é um sucesso da dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó, cuja carreira ultrapassa já os 40 anos de actividade.

A versão que aqui apresento interpretada pelos portugueses António Zambujo e Miguel Araújo é sem dúvida uma das minhas versões preferidas. A não adaptação da letra ao nosso português dá-lhe um encanto especial, já que muito aprecio a falta do sotaque brasileiro na composição. Não tenho dotes de cantor mas quando ouço e canto diversas músicas do Brasil tenho por gosto retirar esse mesmo sotaque e confesso que o resultado acaba por ser muito interessante.



Da dupla sertaneja convém referir ainda outros sucessos como por exemplo a música Sinónimos - uma parceria com um dos meus artistas brasileiros favoritos, o cantor Zé Ramalho (irmão da também famosa Elba Ramalho) - Evidências, Fio de cabelo, Brincar de ser feliz, Caminhoneiro e tantos outros.





segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Voltas que a blogosfera proporciona... ou qualquer título mais interessante

Já perdi a conta ao número de vezes que já abandonei este espaço e que prometi a mim mesmo, igual número de vezes, continuar com actualizações constantes.

Constante é a minha falta de interesse pela blogosfera. Se no início publicar era desafiante, tantas vezes confundida com obsessão, ultimamente é mais um fardo que um gosto. Este blogue há muito que deixou de ter interesse para as minhas aventuras literárias virtuais, porém, cá volto de quando em vez para saber as novidades.

A blogosfera transformou-se, tal como já o "profetizou" o amigo Pinguim, que acabou por abandonar o seu espaço virtual, referência para mim e para tantos outros. Só agora compreendo esse compincha e tenho que lhe dar inteira razão.

É claro que alguns resistentes continuam o seu trabalho. Acreditam ainda conseguirem fazer a diferença. Se alguns o conseguem, outros, tal como eu, acabarão por perceber que a moda dos blogues já passou. O mundo é facebookiano, só interessam as frases curtas, quantas vezes escritas com erros ortográficos e com a duração máxima de cinco minutos, o tempo mais que suficiente para se esquecer o que foi escrito pois outra barbaridade tornou-se entretanto novidade.

Ficam algumas amizades que nasceram virtualmente e felizmente se tornaram reais. Não quero ferir ninguém mas cabe-me referir o amigo Pinguim e o amigo Mark, pessoas de gerações tão diferentes da minha mas que, vendo bem as coisas, me completam e me satisfazem. Agradeço aos dois, como agradeço àqueles que mesmo desprevenidamente me foram acompanhando e que agora só são memórias, boas memórias.

É claro que este texto parece uma carta de despedida, mas é um gosto que não vou dar ainda ao mundo virtual. É meu interesse continuar com este espaço, embora sem a obrigação moral de o tornar um diário da minha existência, apenas mais uma forma de comunicar ao mundo, quando me seja favorável.

Para terminar esta minha intervenção relembro o Jantar de Bloggers deste ano, que está a ser organizado por um certo Adolescente e que acontecerá no próximo dia 15 de Outubro no centro de Lisboa, ao que parece. (deve ser para eu não ter lugar de estacionamento gratuito rsrsrs só para saber o que é viver na cidade grande)

Um bem-haja e até à próxima!




quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Jantar de blogues'16

Parece que já estão a organizar mais um, após 2 anos de interrupção.

Mais informações aqui.

Só participei no de 2013 e adorei. O melhor é conhecer quem está por trás dos blogues que acompanho.

Que seja um evento que se leve a bom porto.


terça-feira, 2 de agosto de 2016

Fruta da época



Confesso que a fruta da época preferida é sem dúvida a melância.


Fresca


 Doce


Boa para levar para a praia


Sumarenta


Comem-se as pevides


E com a casca que sobra até se faz compota.


Alguém ainda duvida que eu adoro melância? rsrsrs


domingo, 24 de julho de 2016

Cair a ficha

Expressão popular que significa entender alguma coisa tardiamente ou lembrar-se subitamente de algo. (br)


É claro que é um tema a explorar, mas por enquanto fica só assim, amanhã voltarei para o desenvolver.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Um Ribatejano enganado


CUIDADO QUANDO FIZEREM COMPRAS PELA INTERNET
NÃO SE DEIXEM ENGANAR




segunda-feira, 11 de julho de 2016

terça-feira, 21 de junho de 2016

momentos

Aos poucos os raios de sol que espreitavam pelas portadas entreabertas foram enchendo o quarto de luz. Acordou e manteve-se aconchegado entre as almofadas, tentando abrir os olhos embora a vontade fosse de mantê-los fechados.

Lembrava-se agora dos momentos que vivera na noite passada. O toque, o cheiro, os gemidos prazenteiros que se originavam naquela cama, os beijos doces, lábios que se tocaram. Tudo acabou antes da meia-noite do dia anterior, quando o motivo de tão agradáveis momentos abandonou a cena.

Mantinha-se ali, deitado entre as almofadas, imaginando que àquela hora ele estaria a acordar, talvez abraçado à mulher com quem casara.


Noite de verão

Abafado. É o que se sente dentro destas quatro paredes que compõem a sala. As janelas estão entreabertas na esperança de entrar algum do ar fresco que povoa a noite aqui na rua ao lado, onde a lua está amarela e uma névoa que entre nós passa dá-lhe um ar de mistério, como se uma cena de filme se tratasse, talvez daqueles de terror.

É assim uma noite de verão na minha morada. O ar quente, as roupas espalhadas nas costas das cadeiras ou nos sofás, a pele à mostra, nua. Chinelos de praia nos pés, calções azuis com costuras em verde. Um chá fresco, embora no momento seja apenas uma ideia.

O verão chegou e com ele as noites de ócio.




quarta-feira, 15 de junho de 2016

quinta-feira, 2 de junho de 2016

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Quando ando de bicicleta...

... sinto-me assim:


Pronto pronto... não me sinto assim, é só uma tentativa de aumentar as "audiências". Mas sinto-me bem e é isso que preciso ultimamente.

Hoje houve lama... e mais não digo.



terça-feira, 10 de maio de 2016

Repetição

Devo estar a repetir-me, mas a verdade é que gosto deste trio.




segunda-feira, 9 de maio de 2016

Preguiça

Sinto-me atacado por hordas de preguiça, especialmente durante a tarde. Assim que chego a casa "olho" para as tarefas que julgam ter a minha atenção, mas na verdade, sento-me em frente ao computador e dou largas à minha destreza manual. O rato, este belo exemplar cujas teclas gastas às vezes já não respondem ao comando, é sem sombra de dúvida o hardware mais utilizado. Segue-se o teclado, comprado numa loja oriental e que por vezes se lembra disso e deixa de escrever em bom português.

Resolvi hoje contrariar um pouco esta sensação de moleza que normalmente me percorre o corpo, como se de uma corrente eléctrica se tratasse. Coloquei as mãos na massa e o resultado foram umas bolachas deliciosas, com farinha integral, sem adição de qualquer açúcar, uma maravilha para a dieta que não existe.

Vinte horas, altura de pensar em jantar. Olho para o fogão e resolvo fazer uma maluquice qualquer: corto duas cebolas em rodelas, vários dentes de alho e dentro de um pirex, após regar com um fio de azeite, disponho de três pequenas postas de bacalhau. Cubro com papel de alumínio e coloco no forno, previamente aquecido. Logo após aqueço uma tigela de sopa, para acalmar o estômago que já dá sinal.

Escusado será referir o cheirinho que percorre a casa, aquela cebola com o alho, temperados com sumo de limão... oh que delícia. Que belo pitéu terei daqui a alguns minutos: bacalhau assado no forno com pão. Tudo bom para a engorda.





sexta-feira, 6 de maio de 2016

Amanhã não publicarei...

... pelo que é melhor fazê-lo agora.

Acordo às duas, três, quatro da madrugada. Como se me obrigasse a acordar, farto de sonhar com coisas parvas. Talvez resultado deste calor a que já não estava habituado, afinal estamos em maio e o inverno ainda não acabou.

Levanto-me e vou para a internet, onde saltito entre as contas do facebook, dos sites de "encontros sociais", de um ou outro blogue de contos eróticos ou outros que não me atrevo a referir, na esperança de não chocar mais do que já escrevi neste parágrafo.

Às vezes acendo a televisão, nos canais de cinema, que repetem os velhos filmes quase todas as semanas, como se a sétima arte fosse apenas aquilo que nos impõem aqueles quatro canais. Prefiro visitar o youtube e ouvir música, brasileira, fado, pop, anos 80.

Farto-me de estar ao computador, vejo as horas e decido que é melhor voltar para a cama. Afinal, daqui a algumas horas lá tenho que voltar à cadeira azul, aquela em que me obrigam a ficar quase todo o dia. Até já me dói o rabo só de relembrar esse facto.

A cama está fria de novo, não faz mal, ainda tenho calor e já tirei um dos cobertores que me velam durante o inverno. Apago a luz e fico a olhar para o vermelho do mostrador do relógio, donde em pouco tempo, música dos anos 70-90 tocará, sinal que está na hora de acordar. Adormeço.


Ordem do dia?

Reconheço a importância que a administração local tem junto das populações. Não me refiro às Câmaras Municipais, nesta reflexão, mas sim às Juntas de Freguesia. Nos concelhos rurais (entenda-se rural aquele que não é um grande centro urbano) as populações vêem das juntas de freguesia a oportunidade de contactar o poder que está já ali ao virar da esquina. São portanto aquelas autarquias a primeira linha, já que o executivo é sempre, ou quase, composto por pessoas conhecidas quase pela totalidade dos fregueses.

A última reforma administrativa veio, a meu ver, no início, causar fracturas nas populações locais, especialmente aquelas onde a ideia de território como sendo seu, estava de tal forma enraizada que perder o estatuto de freguesia, mesmo que fosse através de uma união, seria como perder a sua própria identidade. A verdade é que a reforma aconteceu, deu-se oportunidade às populações de reorganizarem o mapa nacional, através da Assembleia Municipal, órgão legislativo do concelho, eleito pela população. Se a maioria das Assembleias não aproveitaram a oportunidade foi uma clara demissão das suas obrigações legais, já que representam o povo perante os órgãos nacionais.

Assim, reduziram-se o número de freguesias e consequentemente, o números de líderes políticos tanto nas Uniões como nas Assembleias Municipais, já que os Presidentes de Junta são deputados municipais, por inerência de funções. É claro que falar de líder político nas freguesias de Portugal, na maioria, é de certa forma descabido, já que as pessoas vêem no seu Presidente da Junta muito mais que um político: vêem um amigo, uma pessoa em quem confiar (acho que perceberam a ideia). Não houve claramente uma grande poupança, já que na quase totalidade das freguesias os seus dirigentes só têm direito a senhas de presença nas reuniões dos órgãos, que, como se diz cá na terra, nem dá na maioria das vezes para pagar o combustível (o Presidente da Junta usa o seu próprio carro para cumprir as suas funções).

É claro que considero que se perdeu uma oportunidade de ir mais longe, reduzindo-se ainda mais o número de freguesias, mas isso é apenas uma humilde opinião. Não faz sentido haver ainda freguesias com tão poucos eleitores e/ou fregueses, embora em alguns casos, o território chegue a ser bem maior que alguns dos pequenos concelhos nacionais.

É com alguma surpresa que nos últimos dias veio à discussão o recuar nesta boa decisão do governo anterior, mesmo que tivesse sido imposta por uma troika que não conhecia realmente a realidade de um país quase falido, afinal as medidas impostas nem sempre nos levaram a "bom porto", tal como recentemente o próprio FMI veio a declarar. Mas isso são outras questões que não vou perder tempo a comentar... por enquanto.

Parece que o país vê nesta nova maioria governativa uma hipótese de ter aquilo que jamais voltará ou poderá ter. Recuar não é para nós uma solução, mesmo que algumas decisões do passado não tenham tido os resultados esperados (lá estou eu a divagar). Não vejo na ordem do dia a alteração da lei eleitoral no que se refere às Freguesias pois temos assuntos muito mais importantes a resolver. É deixar ficar o que já está a funcionar bem. Tenha-se em atenção que muitas Uniões alteraram já os seus símbolos heráldicos e até da suas denominações, retirando e muito bem a referência a "união" ou encontrando um nome aceite por todos.

Ter uma maioria parlamentar não significa que se tomem decisões levianamente e acima de tudo, a meu ver, cabe ao Parlamento dar às pessoas o que elas precisam e não o que querem. É a diferença entre educar uma criança dando-lhe tudo o que ela quer e educar outra dando-lhe o que realmente precisa para crescer. Os resultados acabam por ser bem diferentes.


António Zambujo - Quinta-feira da Ascenção (comemorada ontem)



PS: Estão a ver como não consigo cumprir as minhas promessas? Não vale a pena sequer tentar.



quinta-feira, 5 de maio de 2016

Dia especial

Como hoje é um dia especial aqui fica a segunda publicação.

Um fado de Carlos Ramos - Vielas de Alfama (Artur Ribeiro/Max)





Recomeço: um dia chuvoso

Está na hora de virar a página e introduzir algumas alterações neste espaço. Tenho andado demasiado afastado da blogosfera e é preciso voltar a marcar posição. Não esperem boa qualidade nos meus textos que é coisa que nunca houve por aqui, nesse aspecto não há necessidade de fazer mudanças. Não esperem que eu ande a comentar os assuntos do dia, nem sequer seguir aquela onda de desafios vários entre bloguistas. Ou seja, este blogue vai passar a ser o que sempre foi: um espaço para os menos precavidos lerem e se calhar não voltarem mais.


Começo esta primeira publicação com umas efemérides deste dia.

1769 - Decreto autorizando o estabelecimento, na Lousã, Portugal, de uma fábrica de papel de escrever.
1789 - Abertura dos Estados Gerais na França.
1811 - O exército aliado anglo-luso derrota o exército francês na Batalha de Fuentes de Oñoro
1862 - O Exército mexicano derrota o francês na Batalha de Puebla. Este dia é declarado feriado no dia 9.
1920 - Santa Joana d'Arc é canonizada pelo Papa Bento XV em Roma.
1949 - É criado o Conselho da Europa, a mais antiga organização política da Europa ainda em funcionamento.
1961 - O astronauta Alan Shepard torna-se o primeiro norte-americano a viajar no espaço, realizando um voo sub-orbital de 15 minutos na cápsula Freedom 7, integrada no Programa Mercury;
1968 - Estudantes franceses invadem a Universidade de Sorbonne. Cerca de 600 pessoas foram presas.
1978 - Nasce um certo Ribatejano, por acaso o autor deste blogue.
1983 - O Instituto Pasteur de Paris consegue identificar o vírus da SIDA.
1990 - João Paulo II dá inicio a uma nova visita ao México.
1999 - Mireya Moscoso é proclamada presidente do Panamá, após sua vitória eleitoral.
2000 - O presidente argentino, Fernando de la Rúa, enfrenta uma greve geral na Argentina.
2011 - Supremo Tribunal Federal do Brasil reconhece, por unanimidade, a possibilidade de união estável entre indivíduos do mesmo sexo.


E já agora a música mais tocada neste dia nos Estados Unidos da América era:



E já agora, Parabéns Adélia!!!



terça-feira, 3 de maio de 2016

domingo, 1 de maio de 2016

MÃE

A professora pede aos alunos para escreverem um texto que termine com a frase ”Mãe há só uma”. Os meninos lá escreveram e então a professora pede para que leiam alto para toda a turma. O primeiro é o Luisinho:
- Ontem, cheguei a casa, a minha mãe abriu-me a porta, tirou-me o casaco e a mochila e, antes de fazer o jantar, ajudou-me nos TPCs. Por isso digo que Mãe há só uma.
- Muito bem. – felicitou a professora. – Agora tu menino Pedrinho.
Diz o menino Pedrinho:
- Neste fim-de-semana fui à praia com a minha familia e, quando estava na água, veio uma grande onda e quase que me afoguei. A minha sorte é que a minha mãe estava atenta e salvou-me e é por isso que digo que Mãe há só uma.
- Muito bem Pedrinho e é preciso muito cuidado na água! – Felicitou e advertiu a professora.
Por fim, chegou a vez do menino Joãozinho. Diz o Joãozinho:
- Ontem, cheguei a casa, a porta estava aberta, tirei a mochila e o casaco, entrei no quarto da minha mãe, onde estava ela e o meu padrasto. Depois, ela mandou-me ir buscar duas cervejas e, quando cheguei ao frigorífico, gritei: Mãe há só uma!



A minha ainda por cá anda e hoje vou aproveitar.

Quem tiver a sorte de ainda conviver com a mãe, aproveite este dia para estar com ela.




sábado, 30 de abril de 2016

Odeio

Quando se escreve mal de propósito.





quinta-feira, 28 de abril de 2016

Às vezes fico à espera que algo de bom aconteça. Às vezes sento-me e olho para trás, tentando perceber o que de mal fiz para que possa recomeçar. Às vezes deixo-me estar inerte, como se nessa posição a vida passasse de uma forma mais descontraída.

Reconheço que nos últimos tempos o meu comportamento não tem sido o mais exemplar. Fiz com que algumas pessoas, aquelas que sempre admirei e por quem nutro igual sentimento ainda, se afastassem de mim. Criei fronteiras que pensava já não ser capaz de erguer. Armei-me em inteligente, como se realmente o fosse.

Quem ficou a perder fui eu e unicamente eu. Sinto-me cada vez mais longe, como se alguma vez eu me tenha sentido realmente perto.

Comigo apenas a saudade de outros tempos. Comigo unicamente aquele velho sentimento que sempre quis afastar. Mereço-o afinal.



Ercília Costa, "A santa do fado" - Fado do passado

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Coisas...

Podes pensar que sou infeliz
Por viver nesta solidão:
Mas vivo a vida que eu quis
Apesar de ser um só coração.
                                         XII/2000

Início de século. Um jovem estudante de Coimbra, ansioso por terminar os estudos e finalmente deixar de ser um encargo para a sua mãe, ser dono de suas próprias coisas e da vida.


Pegando na pena, escrevo
Linhas de presente e passado
Por vezes até tenho medo
Por escrever sem ser amado
                                       VII/1996

O ano em que o rapaz completou 18 anos, a maioridade. O já poder ter um carão de débito, votar, acabar os estudos que dariam equivalência àquela que hoje é a escolaridade obrigatória. A diferença é que já sabia o que queria ser no futuro. Estudar no ensino superior e tornar-se assim no primeiro diplomado da família.


Eu penso no que tu pensas
Diz-me o que estás a pensar
Diz-me e não me mintas
Pois não consegues me enganar
                                              XII/1997

As primeiras férias de Natal. Um semestre já passou e a seguir os primeiros exames da carreira académica naquela cidade distante. A cidade dos amores, como escreveram tantos poetas. Para o rapaz apenas uma cidade, um mundo novo.


Gostaria de saber
Quem sou eu, quem sou
Mas não sei o que fazer
Nem porque é que aqui estou
                                          V/1998

Mais um ano ano a juntar aos 19 anteriores. Cresceu o rapaz, aprofundou os seus conhecimentos, cimentou amizades, daquelas que seriam laços para uma vida.


De todo negro é vestido
De Coimbra, o estudante
É a cor de que me sirvo
Para ser doutor e amante
                                    VIII/1998

As tradições de uma cidade antiga transpiram de cada um dos velhos edifícios, das ruas onde cambaleantes vultos gozam dos prazeres daquelas noites regadas de várias cores. As luzes dos candeeiros fazem companhia e as sombras contam histórias que serão sempre lembradas.


Perdoa-me...
Há vários dias que não penso em ti,
Que não olho cá para dentro
E vejo essa tua imagem.
                               XI/1997

Há muito que percebera que a fronteira tinha sido de uma vez por todas totalmente erguida. Olhar para trás seria apenas para relembrar o início de algo que possivelmente não teria um fim desejável. Restaram as palavras, os versos escritos nos cadernos da escola e agrupados em livros que jamais seria publicados.


Disse-te que tinha deixado
De poesia escrever
Fizeste uma cara
Que não consegui esquecer

Sou tolo é verdade
Penso aqui para mim
Mas não passa da idade
Que me faz ser assim

Não sei se sou cantor
Não conheço a minha meta
Escrevo a meu amor
E não sei se sou poeta

Sopra o vento na falésia
Corre a água pelo rio fora
Não sei quem sou, tenho amnésia
Nem sei onde minha alma mora

Os anos foram passando e os momentos foram ficando para trás, substituídos por outros prazeres, coisas de adulto dirão alguns. Outros dirão apenas que é um vulgar evoluir da vida, como se isto se chamasse de vida. Como se viver fosse tão fácil como escrever.




terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Nostalgia

Por causa da notícia da morte de Michel Galabru, fui em busca dos filmes com o Louis de Funès, Os Gendarmes de Saint-Tropez. Pena que as nossas estações de televisão tenham esquecido esses bons filmes...