Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Simplicidade

Comer farinheira cozida com pão.


Como se fosse um prato excepcional.


quinta-feira, 18 de junho de 2015

Pão

Ando numa de fazer pão em casa. Aquilo que parece ser o mais simples alimento a ser preparado, afinal tem muito que se lhe diga. Não é só uma mistura de farinha, sal, água e fermento, é acima de tudo uma ciência que alguns dominam com mais facilidade, enquanto outros andam ainda a nadar. Desta vez saiu bem melhor que à primeira tentativa e embora o forno a gás não seja o mais indicado, acredito que encontrarei a receita ideal.

Lembrei-me da Ode ao Pão, tão bem declamada pelo Mário Viegas, que deixou este mundo no século passado, mas que contínua na memória do povo.


terça-feira, 16 de junho de 2015

Divagar

Começo este texto com um pedido de desculpas pela minha ignorância, afinal é o que vou demonstrar nas linhas que se seguem. E faço este pedido com pura consciência dos comentários que arrisco a ter.

Pareço ser um dos poucos portugueses que ao contrário dos demais, que andam com as cabeças demasiado tempo no ar, a achar que as notícias recentes sobre aqueles objectos que povoam o céu do nosso pequeno rectângulo luso, são realmente animadoras. Quer dizer, não me refiro aos pássaros mecânicos propriamente ditos, refiro-me à empresa que os detém e que finalmente terá uma sorte feliz ou pelo menos assim parece ser.


A maioria dos cidadãos deste país passa o ano inteiro a falar mal das suas vidas, em questões de crise económica e quando finalmente o accionista principal de uma companhia aérea, por acaso de capitais públicos, toma a decente decisão de passar as dívidas a outros, cai o "Carmo e a Trindade". Afinal parece que estamos a perder a "jóia da coroa", quando a dita não é mais que um sorvedouro dos nossos impostos.


Se por um lado o Estado deve dar o exemplo em termos laborais e sociais, é também o mesmo Estado, eleito democraticamente (é claro que eu sei que o governo é nomeado, nos termos da Constituição) que deve dar o exemplo em relação ao seu património. Se uma empresa que dá constante prejuízo é obrigada a fechar, porque não se fecha a companhia aérea, que tem acumulado passivo ao longo de tantos anos?


Dizem os entendidos e graças a Deus que não me considero um, que a administração da companhia deixa muito a desejar. Mas estarão os mesmos cientes que a maioria das companhias mundiais tiveram problemas económicos nos últimos anos? E que muitas acabaram por fechar ou ser absorvidas por aquelas que aguentaram o embate? A "nossa" aguentou pois o accionista é o Estado, que mais rápido ou mais lentamente acaba por pagar sempre as suas dívidas.


Entregar 61% de uma empresa com mais de mil milhões de passivo a um consórcio privado, com regras claras e aparentemente legais, tanto a nível nacional como comunitário e ao mesmo tempo fazer uma capitalização da empresa com capital privado é assim tão descabido? Oh meus senhores, tenham consciência no que dizem, que para disparates já muitos foram feitos e ditos no passado.


Não foi resultado da privatização da antiga Rodoviária Nacional que algumas aldeias do nosso Portugal profundo perderam tão precioso serviço. Foi apenas a desertificação e o progresso, que levou à compra de carro próprio em detrimento do serviço público que as empresas privadas prestam. É a prova cabal que "santos da casa não fazem milagres" ou seja, que os maiores interessados deixaram cair um serviço e depois ainda vieram à praça pública clamar pelo retorno do D. Sebastião dos autocarros.


Esta ideia "daninha" (agora parece que estou a falar de fado) que me surge vinda directamente das minhas células cinzentas, parece ser um apoio evidente à fábrica de sumo de laranja em pacotes azuis que governa o país, mas bem pelo contrário é apenas uma evidência da minha estupidez pré-eleitoral. Já diz o senhor Madeira que habita o Palácio de Belém, que é melhor deixar para depois das férias de verão, estes assuntos mais quentes. Eu prefiro opinar agora, já que o tempo parece ter arrefecido demasiado.


Espero que a transportadora se mantenha à tona e estou convencido que é bem possível que os "voadores" portugueses acabem por perceber que não iremos perder tão necessário serviço aéreo, afinal não estamos no tempo da outra senhora em que as companhias se contavam pelos dedos e que tinham que ser os governos a proporcionar tal serviço à população.


Acabe-se a sabedoria anti política actual e tente-se olhar o futuro com outros olhos, mesmo que os mesmos vejam apenas pequenas faixas horizontais, resultado de muitos arrozes ingeridos. Já perdemos tesouros bem mais preciosos e que possivelmente nunca serão recuperados, por culpa de cada um de nós que quantas vezes nos deixamos afundar nos sofás em vez de partirmos para a luta e sonharmos um pouco mais alto novamente. Não me acho exemplo credível mas acredito haverem aí muitos tesourinhos escondidos que serão boas surpresas num futuro próximo.


Valha-nos S. João e S. Pedro, que o Santo António já passou e parece não ter conseguido deixar juízo nas cabeças dos "iluminados". Valha-nos ainda o verão que em breve regressa para que o quente do ambiente queime apenas a pele e não as moleirinhas mais distraídas.


E acabou este testamento que já vai deixar mui boa gente de cabelos em pé.


sábado, 6 de junho de 2015

Consciente

Se alturas existem em que o disparate é tema por excelência dos meus escritos, outras alturas são aquelas em que a verdade vem ao de cima e dou por mim a reconhecer o verdadeiro valor do que escrevo. É nessas alturas que as palavras se conjugam de uma outra forma, trazendo ao mundo exterior sentimentos e pensamentos que invadem todo o arquivo que é o meu cérebro. Ficar parado expectante que tais coisas se me varram da memória é opção muitas vezes excluída, talvez por entender que me são devidos diversos elogios, mesmo que os mesmos sejam só minha imaginação. Não reconheço em mim qualquer vontade ou coragem expressa de me fechar ao mundo, antes pelo contrário, desejo que as palavras voem e se espalhem, mesmo que por pouco tempo, já que o tempo tem uma definição completamente diferente neste mundo que escolho para transmitir os meus escritos. Difícil seria ficar parado, deixando para os outros a complicada tarefa que é a de deixar estórias escritas nesta que é a mais bonita língua de todo o mundo.


terça-feira, 2 de junho de 2015

Silly Season

Estamos prestes a entrar na silly season tuga, aquela época em que nada de interessante acontece no nosso país. Em breve acaba o ano escolar, que se junta ao final da primavera, ao final do campeonato de futebol e ao final da discussão política, já que vamos todos ou quase de férias.

Claramente me parece que as poucas notícias corriqueiras sobre a crise económica ou programas eleitorais, ficarão esquecidas dando lugar aos disparates que algumas celebridades vão fazendo, só para aparecerem nas capas de revistas ou por simples estupidez, fruto de uma realidade actual que é efectivamente a pouca inteligência de que alguns gozam.

Valha-nos talvez os festivais de verão que acontecerão um pouco por todo o país, com a vinda de mais umas mãos cheias de celebridades estrangeiras, as quais farão parecer as nossas como simples aprendizes. São os disparates em palco associadas às excentricidades nos bastidores, que avolumam as situações tantas vezes inusitadas em que se metem: violência, drogas, velocidades loucas e tantas outras que até fazes corar os santos.

Já na nossa esfera de excentricidades ou de pura parvoíce, posso já começar por referir aquele futebolista madeirense que foi apanhado a "mijar fora do penico" e cuja situação aquece os comentários no mundo virtual e até é motivo para umas risadas na pausa para o café. Na verdade se fosse eu ou um dos meus ávidos leitores, nem sequer o senhor polícia se daria ao trabalho de advertir, lançava logo uma arroxada de cassetete e resolvia-se a situação na hora. É claro que o rapaz, que por acaso é pai e que felizmente não o leva para aquelas "cenas", não merece um acto de violência policial, mas devia estar mais atento ao que faz, pois é considerado modelo a seguir.

Notícias serão as filas de trânsito em direcção às praias e não são só as do sul que gozarão de tal importância, já que o número de praias com Qualidade de Ouro são menos que nos anos anteriores, de acordo com a classificação de uma conhecida organização ambientalista com nome de árvore. Ao que parece e se os banhistas forem suficientemente inteligentes (e escrevo isto com alguma ironia) serão essas praias as mais procuradas. Aconselho que deixem o carro longe e aproveitem para umas caminhadas adicionais que terão melhores resultados que os mais proeminentes ginásios onde se paga e não se bufa.

Cá este Ribatejano que vos escreve, prefere as praias mais calmas, sem grande público e especialmente com espaço suficiente para poder largar alguns gases, sem correr o risco de aturar censuras vindas da toalha do lado, em particular daquelas distanciadas de apenas dois ou três palmos, que estão mais atentas ao que o "vizinho" faz do que aos olhares furtivos que as caras metades atiram em sentido contrário, aproveitando a confusão.

Corro ultimamente um risco ainda maior, mas neste caso de forma virtual, que se prende com os comentários que tenho recebido neste blogue. Obriga a minha modéstia que os agradeça a todos embora não reconheça nestes meus textos algo de novo em relação ao que vou lento nos espaços que frequento. Antes pelo contrário, mantenho-me por uma linha de escrita puramente simples e honesta, escrevendo pequenos excertos de um diário imenso que um dia começarei a escrever realmente. Talvez seja essa a verdadeira virtude das minhas composições, o não querer seguir por uma via que modifique em demasia a vontade expressa da alma que me povoa.




segunda-feira, 1 de junho de 2015

Escolhas futuras

Ao que parece o país em que vivo, este pequeno rectângulo à beira mar plantado, está de pernas para o ar. Os escândalos fazem fila indiana, como que a quererem ser notícia de capa de jornal ou abertura de noticiário televisivo em horário nobre. Verdadeiro parece ser o facto de o tema base para tudo estar já tão gasto. Infelizmente não podemos viver sem aquela bicha solitária que no final das contas de solitária nada parece ser.

A conclusão final é que é a mais desconcertante: continuemos ao som dos passos do coelho ou com aquele antónio que dê à costa, a verdade é que será apenas mais do mesmo. E não existe porta mágica que nos salve, pois o povo já não presta cavaco a soluções milagrosas.

Não existem ruborizados avôs suficientes nem sequer blocos experientes que construam um país melhor. Os cérebros ou estão enjaulados ou fogem como o Diabo à cruz, dando realmente a entender que afinal a massa cinzenta que devia encher aquelas cavidades cranianas não passa de massa da verde, que trama o pobre mas que arreganha os dentes aos afortunados.

Valha-nos o calor que se entremeia com o vento e laivos de frio. Porque o calor aquece o corpo, enche as esplanadas de ávidos sedentos de água de cevada gaseificada e de chupadores de lesmas com casa, porém potencia o efeito contrário que é o de provocar o esquecimento, cobrindo com um véu as decisões futuras e os escândalos mais dispendiosos, já que os outros são alimentados pelo mesmo calor e escarrapachados nas revistas em que qualquer tuga que se preze, lá investe os parcos euros que ainda sobram.

Passe a onda de calor e volte-se à contestação, pois o futuro a Deus pertence e o que é de Deus nem sempre está ao alcance de qualquer um.