Se alturas existem em que o disparate é tema por excelência dos meus escritos, outras alturas são aquelas em que a verdade vem ao de cima e dou por mim a reconhecer o verdadeiro valor do que escrevo. É nessas alturas que as palavras se conjugam de uma outra forma, trazendo ao mundo exterior sentimentos e pensamentos que invadem todo o arquivo que é o meu cérebro. Ficar parado expectante que tais coisas se me varram da memória é opção muitas vezes excluída, talvez por entender que me são devidos diversos elogios, mesmo que os mesmos sejam só minha imaginação. Não reconheço em mim qualquer vontade ou coragem expressa de me fechar ao mundo, antes pelo contrário, desejo que as palavras voem e se espalhem, mesmo que por pouco tempo, já que o tempo tem uma definição completamente diferente neste mundo que escolho para transmitir os meus escritos. Difícil seria ficar parado, deixando para os outros a complicada tarefa que é a de deixar estórias escritas nesta que é a mais bonita língua de todo o mundo.
Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.
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sábado, 6 de junho de 2015
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Memórias
Todos os fins-de-semana volto "à terra". É uma parvónia idêntica àquela em que vivo durante a semana, mas a família está aqui e as saudades têm que ser suprimidas desta forma.
Pequenos gestos do dia-a-dia fazem-me lembras algumas coisas boas de viver no campo. Abrir a porta do frigorífico e tirar o pacote de leite e beber é uma delas. Como cresci na aldeia, a certa altura da minha meninice, ía quase todos os dias buscar leite a casa de uma vizinha que vendia "para fora". Adorava vê-la a ordenhar a vaca, a coar o leite por um ou dois panos para tirar as impurezas, passá-lo para a leiteira que levava comigo. Durante o caminho, aproveitava para beber um bocado daquele saboroso líquido, ainda quente, acabado de sair das tetas da vaca. Uma delícia.
Era o tempo em que alimento algum me fazia mal à barriga. Hoje não me vejo a beber leite gordo, acho que jamais serei capaz de voltar a fazê-lo. Bebo leite magro, sempre da mesma marca, comprado sempre na mesma cadeia de supermercados.
Recordo ainda que nessa minha meninice, a minha mãe comprava queijo de cabra fresco. Mais um paladar que fica na minha memória. Apesar de não gostar de leite de cabra, adoro o queijo feito com esse leite. Tanto em fresco como já seco. Amanteigado também se come bem (um gosto adquirido com o passar dos anos).
Hoje só encontro queijo fresco nos supermercados, pois praticamente já não há produção caseira. Devido às normas sanitárias e de higiene, esse bom alimento só é fabricado em locais asseados e autorizados por uma panóplia de autoridades locais e/ou nacionais.
Quantos nas grandes cidades nunca tiveram o prazer de sentir o cheiro da terra. Apanhar as batatas semeadas semanas antes. Colher frutas directamente das árvores. As alfaces e hortaliças nos canteiros das flores, entre roseiras e sardinheiras. Tomate preso nas canas, tal como o feijão verde. As favas que precisam de ser descascadas, tal como as ervilhas e o feijão maduro ou seco.
São as pequenas coisas que vivi na minha infância, na parvónia, que me definem verdadeiramente. Memórias... apenas memórias.
Pequenos gestos do dia-a-dia fazem-me lembras algumas coisas boas de viver no campo. Abrir a porta do frigorífico e tirar o pacote de leite e beber é uma delas. Como cresci na aldeia, a certa altura da minha meninice, ía quase todos os dias buscar leite a casa de uma vizinha que vendia "para fora". Adorava vê-la a ordenhar a vaca, a coar o leite por um ou dois panos para tirar as impurezas, passá-lo para a leiteira que levava comigo. Durante o caminho, aproveitava para beber um bocado daquele saboroso líquido, ainda quente, acabado de sair das tetas da vaca. Uma delícia.
Era o tempo em que alimento algum me fazia mal à barriga. Hoje não me vejo a beber leite gordo, acho que jamais serei capaz de voltar a fazê-lo. Bebo leite magro, sempre da mesma marca, comprado sempre na mesma cadeia de supermercados.
Recordo ainda que nessa minha meninice, a minha mãe comprava queijo de cabra fresco. Mais um paladar que fica na minha memória. Apesar de não gostar de leite de cabra, adoro o queijo feito com esse leite. Tanto em fresco como já seco. Amanteigado também se come bem (um gosto adquirido com o passar dos anos).
Hoje só encontro queijo fresco nos supermercados, pois praticamente já não há produção caseira. Devido às normas sanitárias e de higiene, esse bom alimento só é fabricado em locais asseados e autorizados por uma panóplia de autoridades locais e/ou nacionais.
Quantos nas grandes cidades nunca tiveram o prazer de sentir o cheiro da terra. Apanhar as batatas semeadas semanas antes. Colher frutas directamente das árvores. As alfaces e hortaliças nos canteiros das flores, entre roseiras e sardinheiras. Tomate preso nas canas, tal como o feijão verde. As favas que precisam de ser descascadas, tal como as ervilhas e o feijão maduro ou seco.
São as pequenas coisas que vivi na minha infância, na parvónia, que me definem verdadeiramente. Memórias... apenas memórias.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Comentários
Informo que retirei a verificação de palavras nos comentários. Foi preciso mudar para o interface antigo do blogger para anular a verificação e voltar ao interface moderno. Digam-me se resultou.
Obrigado
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