Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

domingo, 18 de junho de 2017

Frases do dia

"Se Deus existe e se o Inferno também existe, então eu vi o que é o Inferno."

Uma senhora que viu o que muitos outros viram, mas que muitos mais nunca saberão realmente o que é, felizmente.

Pedrógão Grande/2017


quarta-feira, 14 de junho de 2017

Descoberta


Desde que descobri que estou melhor sozinho, que me sinto realmente infeliz.


Acho que mereço uma boa bebedeira hoje, nem que seja para comemorar os santos populares; ou apenas por que sim.


terça-feira, 13 de junho de 2017

Às vezes...

... penso que não vale a pena insistir...



... tantas vezes os bons conselhos vêm de onde menos se espera.. e quando menos se espera o melhor a fazer é desistir.


terça-feira, 6 de junho de 2017

Cozinha

Gosto de cozinhar.

Gosto de misturar ingredientes à maluca, como a massa de espirais e esparguete que coze neste preciso momento dentro de um tacho temperado com uma mistura de condimentos asiáticos. Gosto de juntar cogumelos com tomate e deixar apurar com algum picante, caril, noz moscada. Comida simples, fácil de fazer, invenção minha, o meu sabor.

Gosto de cozinheiros que saibam partir a louça toda em programas de televisão, que mostram a realidade da restauração em Portugal: as cozinhas imundas, as combinações sem sentido e os clientes satisfeitos na sua ignorância. Afinal já alguém teve coragem de pedir ao dono do restaurante para visitar a cozinha? Olhos que não veem, coração que não sente.

Gosto de cozinhar para mim mesmo, sem ter que enganar os outros, mas também gosto de cozinhar para alguns, aqueles que merecem a minha confiança, que podem ver a minha forma de preparar os alimentos e que, acima de tudo, me comparem com os estereótipos a que estão habituados, que façam cara feia mas que na hora de provar olhem para mim e com um sorriso nos lábios me digam "gosto, está muito bom". 

Post Criptum

O resultado:




Desejo de voltar...

É quase meia noite no Oeste. Aqui no meu canto acabo uma pizza acompanhado por um copo de sumo de frutos. Cheguei a casa tarde, resultado da minha entrega pessoal a outras causas, como que me penitenciando por imensos anos a pensar unicamente em mim. Ou apenas uma oportunidade de sair deste marasmo que invade a minha vida solitária.

Foram 66 mensagens trocadas nos últimos meses que me fizeram aventurar pela maravilhosa capital Lusa; perdi-me, tal como sempre acontece, como se o desejasse profundamente, pois assim, aos poucos conheço aquela cidade que me atrai mas que de alguma forma me afasta igualmente.

Oitavo jantar de blogues. Penso muitas vezes o que será realmente um blogue. Será este espaço onde me exponho sem no entanto me mostrar demasiado? Ou apenas uma forma que encontrei de comunicar com este mundo que tantas vezes me olha de lado? Não sei, talvez seja uma mistura de tudo num canto que apenas vale nada.

Dizer que reencontrei velhos amigos será um exagero da minha parte, conheço-os tal como me conhecem, através de uma blogosfera que se desvanece. Somos os poucos resistentes que continuam a apostar em algo que definitivamente terá os dias contados. Mas é bom saber que apesar de sermos únicos, mantemos o gosto pela escrita. Comunicamos uns com os outros por palavras, embora, tal como se comprova anualmente, é algo que já não nos basta. Há que atravessar as nossas fronteiras e encontrar solo neutro, onde somos todos iguais, por breves momentos, horas.

Reconheço que tenho sido literariamente calão. Esqueço-me frequentemente deste gosto que me alimenta, desta troca de ideias, desta forma de comunicar, quantas vezes mais importante do que todos os canais e redes sociais existentes. É o prazer da escrita que me faz diferente dos outros e no entanto, tal como vivi no passado sábado, tão igual a pessoas, que da mesma forma, mas cada uma com o seu estilo próprio, me faz reviver outros momentos passados e o desejo profundo de retomar este velho vício.

Escrever. Partilhar. Dar a conhecer. Conhecer. Afinal, no fim de tudo, apenas viver.

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