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terça-feira, 6 de junho de 2017

Cozinha

Gosto de cozinhar.

Gosto de misturar ingredientes à maluca, como a massa de espirais e esparguete que coze neste preciso momento dentro de um tacho temperado com uma mistura de condimentos asiáticos. Gosto de juntar cogumelos com tomate e deixar apurar com algum picante, caril, noz moscada. Comida simples, fácil de fazer, invenção minha, o meu sabor.

Gosto de cozinheiros que saibam partir a louça toda em programas de televisão, que mostram a realidade da restauração em Portugal: as cozinhas imundas, as combinações sem sentido e os clientes satisfeitos na sua ignorância. Afinal já alguém teve coragem de pedir ao dono do restaurante para visitar a cozinha? Olhos que não veem, coração que não sente.

Gosto de cozinhar para mim mesmo, sem ter que enganar os outros, mas também gosto de cozinhar para alguns, aqueles que merecem a minha confiança, que podem ver a minha forma de preparar os alimentos e que, acima de tudo, me comparem com os estereótipos a que estão habituados, que façam cara feia mas que na hora de provar olhem para mim e com um sorriso nos lábios me digam "gosto, está muito bom". 

Post Criptum

O resultado:




domingo, 21 de maio de 2017

F, F & F

Uma semana depois vejo-me com mais paciência para fazer o meu relato do que se passou no dia 13 de maio deste glorioso ano de 2017.

Além de ser o dia em que familiares meus comemoras aniversário de troca de anilhas (leia-se casamento) é o dia em que se comemora o fim da escravatura no Brasil, informação que obtive pelo actor Guilherme Leite no seu canal no youtube, a Saloia TV (vale a pena ver os vídeos).

É claro que não posso esquecer a velha trilogia do nosso país, embora um pouco alterada, ou seja, adaptada aos nossos dias, embora se possa considerar quase igual.

Fátima sempre foi um local de superstição para mim, especialmente durante todo aquele tempo que começou com a altura que tomei a consciência de ser pessoa e findou em 2010 quando S. João Paulo II (não sei se me consigo habituar a esta denominação) admitiu que o Terceiro Segredo lhe era totalmente aplicado. A ser verdade ou não, acho que sobre esse terceiro segredo ainda muito haverá a escrever e a deslindar.

A visita de Francisco I a Fátima, integrada nas comemorações do centenário das aparições e canonização dos Pastorinhos, a primeira fora de Roma, foi para mim muito mais positiva do que eu próprio pensara. É uma pessoa com um carisma especial, tentando dar uma imagem renovada à Igreja, embora com alguns excessos, mas deixo esse assunto para outro dia, podendo-o até comparar com um certo chefe de estado que por cá temos (rsrsrs).

Não achei bem que se tratasse de uma simples peregrinação e não uma visita oficial de estado, o que acabou por ser, excepto em alguns quesitos que não foram cumpridos, mas que o povo nem deu por isso. Ver o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República, o Primeiro Ministro e o Ministro dos Negócios Estrangeiros numa celebração católica, foi acima de tudo a prova em como o país apresentou todas as honras de Estado a um chefe de estado estrangeiro.

Quanto à peregrinação em si, fui rapaz de seguir o acontecimento através dos meios televisivos, jamais me veria naquela confusão, seja por quem for.

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Futebol. Nem sei o que escreva. Talvez tivesse a esperança de ver decidido o campeonato unicamente na última jornada, teria alguma emoção extra (rsrsrs). Comemorações à parte, ganha quem luta por isso e quem ficou para trás que avalie os erros que cometeu. E mais não escrevo.

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Festival Eurovisão da Canção. Confesso que assisti à pontuação que levou à vitória a canção apresentada por Portugal. Confesso ainda que no dia anterior acordei ao som daquela melodia e que nunca imaginei que pudesse alguma vez ser vencedora. Acho que a Europa está mudada, pois para ganhar uma música de uma língua com tão pouca expressão, é preciso ter havido alguma explicação lógica. Há quem refira a campanha de marketing, o exagero de músicas em inglês, entre outras possíveis explicações (como por exemplo o facto do país estar na moda, com o CR7 e aquele busto [rsrsrs], a vitória no europeu de futebol e a questão da dívida). Eu só posso dizer que vivi o dia em que finalmente Portugal vingou naquele festival que eu próprio já considerei como morto de sentido.

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Em resumo: são três efes que ficarão na história deste quase esquecido rectângulo luso.



Este artigo foi escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico, inclusive os possíveis erros.


Para que não se diga...

... que não gosto do Festival Eurovisão da Canção.


1967 - Eduardo Nascimento (Versão UHF séc. XXI)

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Acabar...

... antes mesmo de começar.

É estranho.


sexta-feira, 6 de maio de 2016

Ordem do dia?

Reconheço a importância que a administração local tem junto das populações. Não me refiro às Câmaras Municipais, nesta reflexão, mas sim às Juntas de Freguesia. Nos concelhos rurais (entenda-se rural aquele que não é um grande centro urbano) as populações vêem das juntas de freguesia a oportunidade de contactar o poder que está já ali ao virar da esquina. São portanto aquelas autarquias a primeira linha, já que o executivo é sempre, ou quase, composto por pessoas conhecidas quase pela totalidade dos fregueses.

A última reforma administrativa veio, a meu ver, no início, causar fracturas nas populações locais, especialmente aquelas onde a ideia de território como sendo seu, estava de tal forma enraizada que perder o estatuto de freguesia, mesmo que fosse através de uma união, seria como perder a sua própria identidade. A verdade é que a reforma aconteceu, deu-se oportunidade às populações de reorganizarem o mapa nacional, através da Assembleia Municipal, órgão legislativo do concelho, eleito pela população. Se a maioria das Assembleias não aproveitaram a oportunidade foi uma clara demissão das suas obrigações legais, já que representam o povo perante os órgãos nacionais.

Assim, reduziram-se o número de freguesias e consequentemente, o números de líderes políticos tanto nas Uniões como nas Assembleias Municipais, já que os Presidentes de Junta são deputados municipais, por inerência de funções. É claro que falar de líder político nas freguesias de Portugal, na maioria, é de certa forma descabido, já que as pessoas vêem no seu Presidente da Junta muito mais que um político: vêem um amigo, uma pessoa em quem confiar (acho que perceberam a ideia). Não houve claramente uma grande poupança, já que na quase totalidade das freguesias os seus dirigentes só têm direito a senhas de presença nas reuniões dos órgãos, que, como se diz cá na terra, nem dá na maioria das vezes para pagar o combustível (o Presidente da Junta usa o seu próprio carro para cumprir as suas funções).

É claro que considero que se perdeu uma oportunidade de ir mais longe, reduzindo-se ainda mais o número de freguesias, mas isso é apenas uma humilde opinião. Não faz sentido haver ainda freguesias com tão poucos eleitores e/ou fregueses, embora em alguns casos, o território chegue a ser bem maior que alguns dos pequenos concelhos nacionais.

É com alguma surpresa que nos últimos dias veio à discussão o recuar nesta boa decisão do governo anterior, mesmo que tivesse sido imposta por uma troika que não conhecia realmente a realidade de um país quase falido, afinal as medidas impostas nem sempre nos levaram a "bom porto", tal como recentemente o próprio FMI veio a declarar. Mas isso são outras questões que não vou perder tempo a comentar... por enquanto.

Parece que o país vê nesta nova maioria governativa uma hipótese de ter aquilo que jamais voltará ou poderá ter. Recuar não é para nós uma solução, mesmo que algumas decisões do passado não tenham tido os resultados esperados (lá estou eu a divagar). Não vejo na ordem do dia a alteração da lei eleitoral no que se refere às Freguesias pois temos assuntos muito mais importantes a resolver. É deixar ficar o que já está a funcionar bem. Tenha-se em atenção que muitas Uniões alteraram já os seus símbolos heráldicos e até da suas denominações, retirando e muito bem a referência a "união" ou encontrando um nome aceite por todos.

Ter uma maioria parlamentar não significa que se tomem decisões levianamente e acima de tudo, a meu ver, cabe ao Parlamento dar às pessoas o que elas precisam e não o que querem. É a diferença entre educar uma criança dando-lhe tudo o que ela quer e educar outra dando-lhe o que realmente precisa para crescer. Os resultados acabam por ser bem diferentes.


António Zambujo - Quinta-feira da Ascenção (comemorada ontem)



PS: Estão a ver como não consigo cumprir as minhas promessas? Não vale a pena sequer tentar.



domingo, 1 de maio de 2016

MÃE

A professora pede aos alunos para escreverem um texto que termine com a frase ”Mãe há só uma”. Os meninos lá escreveram e então a professora pede para que leiam alto para toda a turma. O primeiro é o Luisinho:
- Ontem, cheguei a casa, a minha mãe abriu-me a porta, tirou-me o casaco e a mochila e, antes de fazer o jantar, ajudou-me nos TPCs. Por isso digo que Mãe há só uma.
- Muito bem. – felicitou a professora. – Agora tu menino Pedrinho.
Diz o menino Pedrinho:
- Neste fim-de-semana fui à praia com a minha familia e, quando estava na água, veio uma grande onda e quase que me afoguei. A minha sorte é que a minha mãe estava atenta e salvou-me e é por isso que digo que Mãe há só uma.
- Muito bem Pedrinho e é preciso muito cuidado na água! – Felicitou e advertiu a professora.
Por fim, chegou a vez do menino Joãozinho. Diz o Joãozinho:
- Ontem, cheguei a casa, a porta estava aberta, tirei a mochila e o casaco, entrei no quarto da minha mãe, onde estava ela e o meu padrasto. Depois, ela mandou-me ir buscar duas cervejas e, quando cheguei ao frigorífico, gritei: Mãe há só uma!



A minha ainda por cá anda e hoje vou aproveitar.

Quem tiver a sorte de ainda conviver com a mãe, aproveite este dia para estar com ela.




terça-feira, 10 de novembro de 2015

Provérbio do dia

ATRÁS DE MIM VIRÁ QUEM BOM DE MIM FARÁ

E mais não escrevo.


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Opinião

Enganam-se aqueles que julgam que Portugal é um país compreensível e permissivo, quando se trata da homossexualidade. Aquele vídeo que circula nas redes sociais onde dois namorados passeiam de mãos dadas pela capital, mostra apenas uma parte da realidade deste pequeno rectângulo ibérico. A verdade é que pelo campo ou pelas cidades mais pequenas o resultado seria completamente diferente; não digo que houvesse qualquer cena de violência física, embora não a exclua, mas a verbal seria uma certeza.

Esta sociedade é um misto de sociedades tão diferentes como a água do azeite, tal como o velho ditado popular conta. Logo após o acto eleitoral e sabendo a possível composição do Parlamento, fui em busca do programa eleitoral do partido que ganhou uma cadeira naquela casa da democracia. A homofobia está explícita num programa eleitoral, cujos votos do distrito de Lisboa deram a oportunidade a um cidadão que a meu ver coloca outros cidadãos abaixo dos animais domésticos.

Se é este tipo de partidos que o povo quer que representem 10 milhões de habitantes, tudo leva a crêr que existe uma minoria de homens e mulheres que devem temer pelo futuro.

A questão política é apenas um desabafo, pretendo porém colocar em evidência que existem cidadãos com a necessidade de viverem vidas duplas, no intuito de se sentirem seguros neste espaço nacional que é de todos. É tudo aceite quando é na casa do vizinho, quando é na própria casa pia tudo muito mais fininho.

Feliz daquele que assuma perante os outros a sua verdadeira natureza e que viva em segurança na opção que tomou. Infelizes são os menos corajosos, que se desviam dos seus interesses com o fim de proteger os outros, os que lhe são mais queridos.

Talvez o meu mau feitio, o mesmo que referi na minha anterior publicação, me leve a ter posições contrárias a algumas pessoas que conheço. Não que elas sejam desconhecedoras da realidade mas que, talvez por crença ou por ingenuidade, não queiram ver que na verdade o nosso mundo português não é um mar de rosas.




terça-feira, 16 de junho de 2015

Divagar

Começo este texto com um pedido de desculpas pela minha ignorância, afinal é o que vou demonstrar nas linhas que se seguem. E faço este pedido com pura consciência dos comentários que arrisco a ter.

Pareço ser um dos poucos portugueses que ao contrário dos demais, que andam com as cabeças demasiado tempo no ar, a achar que as notícias recentes sobre aqueles objectos que povoam o céu do nosso pequeno rectângulo luso, são realmente animadoras. Quer dizer, não me refiro aos pássaros mecânicos propriamente ditos, refiro-me à empresa que os detém e que finalmente terá uma sorte feliz ou pelo menos assim parece ser.


A maioria dos cidadãos deste país passa o ano inteiro a falar mal das suas vidas, em questões de crise económica e quando finalmente o accionista principal de uma companhia aérea, por acaso de capitais públicos, toma a decente decisão de passar as dívidas a outros, cai o "Carmo e a Trindade". Afinal parece que estamos a perder a "jóia da coroa", quando a dita não é mais que um sorvedouro dos nossos impostos.


Se por um lado o Estado deve dar o exemplo em termos laborais e sociais, é também o mesmo Estado, eleito democraticamente (é claro que eu sei que o governo é nomeado, nos termos da Constituição) que deve dar o exemplo em relação ao seu património. Se uma empresa que dá constante prejuízo é obrigada a fechar, porque não se fecha a companhia aérea, que tem acumulado passivo ao longo de tantos anos?


Dizem os entendidos e graças a Deus que não me considero um, que a administração da companhia deixa muito a desejar. Mas estarão os mesmos cientes que a maioria das companhias mundiais tiveram problemas económicos nos últimos anos? E que muitas acabaram por fechar ou ser absorvidas por aquelas que aguentaram o embate? A "nossa" aguentou pois o accionista é o Estado, que mais rápido ou mais lentamente acaba por pagar sempre as suas dívidas.


Entregar 61% de uma empresa com mais de mil milhões de passivo a um consórcio privado, com regras claras e aparentemente legais, tanto a nível nacional como comunitário e ao mesmo tempo fazer uma capitalização da empresa com capital privado é assim tão descabido? Oh meus senhores, tenham consciência no que dizem, que para disparates já muitos foram feitos e ditos no passado.


Não foi resultado da privatização da antiga Rodoviária Nacional que algumas aldeias do nosso Portugal profundo perderam tão precioso serviço. Foi apenas a desertificação e o progresso, que levou à compra de carro próprio em detrimento do serviço público que as empresas privadas prestam. É a prova cabal que "santos da casa não fazem milagres" ou seja, que os maiores interessados deixaram cair um serviço e depois ainda vieram à praça pública clamar pelo retorno do D. Sebastião dos autocarros.


Esta ideia "daninha" (agora parece que estou a falar de fado) que me surge vinda directamente das minhas células cinzentas, parece ser um apoio evidente à fábrica de sumo de laranja em pacotes azuis que governa o país, mas bem pelo contrário é apenas uma evidência da minha estupidez pré-eleitoral. Já diz o senhor Madeira que habita o Palácio de Belém, que é melhor deixar para depois das férias de verão, estes assuntos mais quentes. Eu prefiro opinar agora, já que o tempo parece ter arrefecido demasiado.


Espero que a transportadora se mantenha à tona e estou convencido que é bem possível que os "voadores" portugueses acabem por perceber que não iremos perder tão necessário serviço aéreo, afinal não estamos no tempo da outra senhora em que as companhias se contavam pelos dedos e que tinham que ser os governos a proporcionar tal serviço à população.


Acabe-se a sabedoria anti política actual e tente-se olhar o futuro com outros olhos, mesmo que os mesmos vejam apenas pequenas faixas horizontais, resultado de muitos arrozes ingeridos. Já perdemos tesouros bem mais preciosos e que possivelmente nunca serão recuperados, por culpa de cada um de nós que quantas vezes nos deixamos afundar nos sofás em vez de partirmos para a luta e sonharmos um pouco mais alto novamente. Não me acho exemplo credível mas acredito haverem aí muitos tesourinhos escondidos que serão boas surpresas num futuro próximo.


Valha-nos S. João e S. Pedro, que o Santo António já passou e parece não ter conseguido deixar juízo nas cabeças dos "iluminados". Valha-nos ainda o verão que em breve regressa para que o quente do ambiente queime apenas a pele e não as moleirinhas mais distraídas.


E acabou este testamento que já vai deixar mui boa gente de cabelos em pé.


terça-feira, 2 de junho de 2015

Silly Season

Estamos prestes a entrar na silly season tuga, aquela época em que nada de interessante acontece no nosso país. Em breve acaba o ano escolar, que se junta ao final da primavera, ao final do campeonato de futebol e ao final da discussão política, já que vamos todos ou quase de férias.

Claramente me parece que as poucas notícias corriqueiras sobre a crise económica ou programas eleitorais, ficarão esquecidas dando lugar aos disparates que algumas celebridades vão fazendo, só para aparecerem nas capas de revistas ou por simples estupidez, fruto de uma realidade actual que é efectivamente a pouca inteligência de que alguns gozam.

Valha-nos talvez os festivais de verão que acontecerão um pouco por todo o país, com a vinda de mais umas mãos cheias de celebridades estrangeiras, as quais farão parecer as nossas como simples aprendizes. São os disparates em palco associadas às excentricidades nos bastidores, que avolumam as situações tantas vezes inusitadas em que se metem: violência, drogas, velocidades loucas e tantas outras que até fazes corar os santos.

Já na nossa esfera de excentricidades ou de pura parvoíce, posso já começar por referir aquele futebolista madeirense que foi apanhado a "mijar fora do penico" e cuja situação aquece os comentários no mundo virtual e até é motivo para umas risadas na pausa para o café. Na verdade se fosse eu ou um dos meus ávidos leitores, nem sequer o senhor polícia se daria ao trabalho de advertir, lançava logo uma arroxada de cassetete e resolvia-se a situação na hora. É claro que o rapaz, que por acaso é pai e que felizmente não o leva para aquelas "cenas", não merece um acto de violência policial, mas devia estar mais atento ao que faz, pois é considerado modelo a seguir.

Notícias serão as filas de trânsito em direcção às praias e não são só as do sul que gozarão de tal importância, já que o número de praias com Qualidade de Ouro são menos que nos anos anteriores, de acordo com a classificação de uma conhecida organização ambientalista com nome de árvore. Ao que parece e se os banhistas forem suficientemente inteligentes (e escrevo isto com alguma ironia) serão essas praias as mais procuradas. Aconselho que deixem o carro longe e aproveitem para umas caminhadas adicionais que terão melhores resultados que os mais proeminentes ginásios onde se paga e não se bufa.

Cá este Ribatejano que vos escreve, prefere as praias mais calmas, sem grande público e especialmente com espaço suficiente para poder largar alguns gases, sem correr o risco de aturar censuras vindas da toalha do lado, em particular daquelas distanciadas de apenas dois ou três palmos, que estão mais atentas ao que o "vizinho" faz do que aos olhares furtivos que as caras metades atiram em sentido contrário, aproveitando a confusão.

Corro ultimamente um risco ainda maior, mas neste caso de forma virtual, que se prende com os comentários que tenho recebido neste blogue. Obriga a minha modéstia que os agradeça a todos embora não reconheça nestes meus textos algo de novo em relação ao que vou lento nos espaços que frequento. Antes pelo contrário, mantenho-me por uma linha de escrita puramente simples e honesta, escrevendo pequenos excertos de um diário imenso que um dia começarei a escrever realmente. Talvez seja essa a verdadeira virtude das minhas composições, o não querer seguir por uma via que modifique em demasia a vontade expressa da alma que me povoa.




segunda-feira, 1 de junho de 2015

Escolhas futuras

Ao que parece o país em que vivo, este pequeno rectângulo à beira mar plantado, está de pernas para o ar. Os escândalos fazem fila indiana, como que a quererem ser notícia de capa de jornal ou abertura de noticiário televisivo em horário nobre. Verdadeiro parece ser o facto de o tema base para tudo estar já tão gasto. Infelizmente não podemos viver sem aquela bicha solitária que no final das contas de solitária nada parece ser.

A conclusão final é que é a mais desconcertante: continuemos ao som dos passos do coelho ou com aquele antónio que dê à costa, a verdade é que será apenas mais do mesmo. E não existe porta mágica que nos salve, pois o povo já não presta cavaco a soluções milagrosas.

Não existem ruborizados avôs suficientes nem sequer blocos experientes que construam um país melhor. Os cérebros ou estão enjaulados ou fogem como o Diabo à cruz, dando realmente a entender que afinal a massa cinzenta que devia encher aquelas cavidades cranianas não passa de massa da verde, que trama o pobre mas que arreganha os dentes aos afortunados.

Valha-nos o calor que se entremeia com o vento e laivos de frio. Porque o calor aquece o corpo, enche as esplanadas de ávidos sedentos de água de cevada gaseificada e de chupadores de lesmas com casa, porém potencia o efeito contrário que é o de provocar o esquecimento, cobrindo com um véu as decisões futuras e os escândalos mais dispendiosos, já que os outros são alimentados pelo mesmo calor e escarrapachados nas revistas em que qualquer tuga que se preze, lá investe os parcos euros que ainda sobram.

Passe a onda de calor e volte-se à contestação, pois o futuro a Deus pertence e o que é de Deus nem sempre está ao alcance de qualquer um.




sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Defeitos

Acho que é um defeito de fabrico, mas é com ele que tenho de viver e especialmente quem me quiser aturar.

Tenho mau feitio. Confesso-o aqui e desde já. Sou assim principalmente porque à minha volta vejo as injustiças que se fazem ou que se escrevem. O mundo virtual trouxe-nos uma nova forma de comunicar, porém nem todos a usam com a responsabilidade que tal ferramenta necessita.

Descubro todos os dias que existem pessoas piores do que eu. E se pensar o quão mau eu já sou, até ganho medo quando tento descobrir alguém que não o seja, pois encontrar alguém igual a mim já me deixa de cabelos em pé.

Gosto de opinar, já aqui o referi várias vezes. Porém parece que só eu é que estou errado, pois todos os outros se acham correctos.

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Parece que o povo está mais interessado do que nunca em voltar ao tempo da "outra senhora". Afinal parece que a ditadura está na mente de muitos como uma coisa boa, mesmo que esses nunca tenham vivido realmente nesse tipo de regime político. A esquerda ganha força, em especial aquela que só com a dita ditadura poderia alguma vez ter o poder. Refiro-me claramente no comunismo, que tem sido o que a história nos tem ensinado... pelo menos aos mais atentos.

Parece que a direita não interessa ao país, nos dias que correm. Parece que a esquerda está adormecida. Enquanto isso outros ficam à espera que haja sangue para depois pegarem nos restos e subirem ao pódio. Não sei porque escrevi este parágrafo, acho que me entusiasmei apenas.

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Sou católico. Não entendo a razão porque se dizem uns ser praticantes e outros não. Cá para mim só existe o ser ou o não ser, não há cá meios termos, pois havendo-os é o mesmo que dizer que não se é realmente católico. Acreditar em Deus, no seu Filho e no Espírito Santo é claramente algo de espiritual, que não pode ser classificado por meios termos.

Que diga a Constituição que o estado é laico que não me interessa, pois quem forma o Estado são as pessoas e são elas que têm as suas crenças. Estar constantemente contra os feriados católicos é estar contra as pessoas, ou seja, é claramente uma forma de repressão espiritual e não é, a meu ver, direito de qualquer um em relação aos outros. Há que haver respeito pelas tradições do vizinho, desde que as mesmas não interfiram com as dos próprios.

Esquecer o caminho católico, com ou sem erros, na formação de Portugal é sem sombra de dúvida deitar por terra a razão porque existimos enquanto nação e acima de tudo enquanto cultura e diversidade mundial. Não me venham portanto com falsos moralismos, não somos máquinas, somos humanos e por isso temos direito às nossas crenças.

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Estamos em plena época festiva, quer gostem quer não gostem deve-se a uma comemoração católica. Deverá o Estado laico acabar com as festividades? Pois, não me parece. Implicaria acabar com férias escolares, retroceder o crescimento económico, juntar as famílias em redor da mesa. Parece que alguns não percebem ainda o significado de família e o que a velha tradição católica proporciona aos laços familiares.

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Resumindo e concluindo, estou com um mau feitio do caraças... apetecia-me dizer mais, mas este blogue aderiu ao grupo internacional sem palavrões.


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Amizade

Sempre considerei que entre amigos pode de certa forma haver mais alguma liberdade. É claro que a falta de respeito não se deve ter com ninguém e muito menos com aqueles por quem temos muita consideração. Lembrei-me de escrever isto por causa de um caso que se passou entre mim e um amigo recentemente, que no seguimento de um mal entendido, do meu amigo, provocado por um abuso meu, houve um corte brusco naquilo que pensávamos ser uma amizade há muito consolidada.

Palavras menos próprias podem ter sido trocadas, apagados números de telefones, barreiras levantadas, um corte total nas relações. Porém, manifestou-se algum tempo depois, que afinal a amizade entre nós era, perdão é, realmente mais forte do que a intenção de nos afastarmos definitivamente. Pedidos de desculpas apareceram, promessas de consolidarmos o que sentimos mas ainda com mais respeito, em especial pela liberdade de cada um.

Retomámos assim o contacto e vamos aos poucos aproximando-nos novamente, com a esperança de mudarmos o necessário para que um novo corte, quem sabe se definitivo, não ocorra. Podemos assim voltar a sorrir, falar, brincar, encurtar distâncias, trocar conselhos e/ou idéias.

Fazem-me lembrar estas palavras de outras guerras que aconteceram em diversas épocas da história da humanidade. Se no presente caso não houve mortes, ficaram algumas feridas que mais tarde ou mais cedo estarão saradas. É este o verdadeiro significado da amizade, o perdão, a compreensão, o querer ser melhor e fazer o melhor pelo outro.


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Aniversário

Em breve este blogue comemorará três anos de publicações periódicas. Não é nenhum recorde já que existem muitos bons blogues que se mantêm no ar há mais tempo, proporcionando horas de prazer a quem os lê. Por outro lado tantos foram os que terminaram sem eu sequer dar por isso. Tenho pena por alguns, já que me ensinavam coisas boas. Que esses autores continuem com o "bichinho" e retornem a este modo de comunicação.

Costuma-se dizer que quem faz anos tem direito a um desejo, eu só desejo por cá continuar, na esperança de poder inspirar quem começou antes e que agora anda um pouco arredado destas andanças.


domingo, 11 de maio de 2014

Um final de domingo

Sento-me no sofá, abro um livro de Mário Zambujal e ouço Celine Dion. Leio metade da história enquanto o CD dá a segunda volta. Incrivelmente começo a imaginar o resto da história, como se tivesse sido criada por mim. Não é para me gabar mas com algumas adaptações, assemelho-me muito àquele estilo literário. É claro que não me pretendo comparar ao "batido" Mário Zambujal, mas a semelhança é incrível.

Presunção e água benta, cada um toma a que quer - acho que me vou embriagar rapidamente.



quarta-feira, 12 de março de 2014

Par

Tenho uma pequena obsessão por números pares.


Prefiro divisões com resto zero.



terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Aviso

Este blogue vai entrar em modo "festividade".

 Desejo a todos os crentes boas festas.


Para os restantes fica a humilde opinião que é preferível acreditar no desconhecido que ficar apenas a gozar das delícias da época.

Olarecas

domingo, 22 de dezembro de 2013

Um verdadeiro artista


Cresci a ouvir boatos sobre um humorista português cujo maior feito foi ter dado uma cara nova à comédia televisiva em Portugal. É certo que nunca gostei muito de algumas das personagens criadas, mas são a meu ver como "marcos históricos" que ainda são relembrados nos dias de hoje. "O tal canal" fica sem sombra de dúvida nas minhas memórias de criança, não por gostar mas sim porque era o programa que o então Canal 1 da RTP nos enfiava em casa todos os sábados à noite.


Comecei a apreciar o trabalho do Herman José já após a segunda metade da década de noventa, do século passado (é giro referir-me ao século XX), quando rumei a Coimbra para me formar na profissão que hoje exerço, felizmente. Na altura o programa em voga era o "Herman Enciclopédia", programa seguido religiosamente pelos meus colegas de casa, à terça-feira, se a memória não me falha. Foi um programa realmente marcante, ainda por cima com a companhia de brilhantes actores, infelizmente alguns já deixaram a existência terrestre, ficando porém na minha base de dados mental.


Seguiu-se o "Herman 97" em que a comédia aliada à entrevista passou a ser, no meu entender, um casamento perfeito. Era um formato já muito explorado noutros países e foi sem sombra de dúvidas muito bem integrado na nossa cultura televisiva e com boa escolha na apresentação. Quanto à apresentação, recordo um programa que em tempos deu na RTP 2 em que precisamente o Herman José fazia entrevistas, porém deixando de fora o seu lado normalmente humorístico. Comprovou assim a sua versatilidade enquanto actor, apresentador, personagem televisiva.


Não vou referir a sua passagem pela SIC, que reconheço ter começado muito bem, tendo-se estragado com a necessidade de de criar audiência. Ficam porém alguns (bastantes) bons momentos televisivos, infelizmente alguns de fraca qualidade, claro que não era intencional por parte do apresentador mas sim da direcção de programação.


A volta à RTP fez mexer um pouco com o homem que muito mal disse da televisão pública e que o próprio reconheceu numa entrevista na altura. Não foi culpa sua na totalidade, mas há sempre a necessidade de se ser comedido nestas coisas, pois nunca se sabe quando uma porta se fecha e a única que resta é aquela por onde se saiu. Há que se ser humilde em tudo na vida, excepto naquilo que se faz bem.


Ontem no programa "Alta Definição" da SIC, tão bem apresentado pelo jornalista/apresentador Daniel Oliveira, o entrevistado era o Herman José. Apanhei a entrevista já com o humorista a falar dos últimos momentos de vida terrena do seu pai. Mas não é deste momento que recordo, mas sim de outros que me marcaram, não pelo seu lado humorista que sempre o acompanha, mas pelo seu lado sério. Podem dizer o que bem entenderem deste senhor de 60 anos, mas a verdade é que aprendeu com a vida e aproveitou bem o que aprendeu (digo eu que sou apenas um espectador).


Herman José consegue manter a sua vida privada longe das câmaras e das revistas. Aquele momento em 2003 foi apenas um momento, que foi devidamente curado, tal como o mesmo referiu. Foi a meu ver metido num processo só porque a sua vida íntima é desconhecida. O mais triste é ser quem tanto o aplaude que acabe por não o aceitar verdadeiramente como um normal português.


Já dizia o Diácono Remédios




domingo, 1 de dezembro de 2013

Passagens

Despertei para a escrita com 15 anos. Poesia principalmente. Era o tempo em que me considerava um poeta popular. E por assim me ver, comecei a participar em encontros de poetas aqui da zona. Eu era o membro mirim de um clube de gente já bem entradota e para quem a poesia escorria a cada frase que os lábios pronunciavam.

Certa vez, uma poetisa popular, virou-se para mim e disse-me que não gostava da minha escrita. Foi sincera e passados todos estes anos só lhe posso agradecer, mesmo que de forma anónima. Também nunca gostei do que a senhora escrevia. Não gosto que coloquem as pedras da calçada a chorar, só porque alguém teve uma contrariedade na vida. Deixei de me considerar poeta popular para passar apenas a ser poeta.

Relembro esta passagem da vida porque recentemente alguém me disse algo semelhante. Porém, ao contrário do que fiz no passado, em que escolhi afastar-me de quem não me aceitava no grupo, decidi desta vez que ficarei. Não me preocupo com as opiniões, mesmo as positivas. Escrevo de mim para mim e é isso que me interessa.

Não quero figurar em livros, pois já tive essa experiência e apesar de ter sido interessante e por uma boa causa, não estou afim de criar uma colecção própria. Mantenho-me por este espaço ou pelo meu arquivo pessoal, onde um dia alguém poderá ler o que não tenho coragem de mostrar publicamente.

Cresci e aprendi. É importante a opinião de quem está à minha volta e daqueles que me entendam, no entanto o primeiro crítico à minha escrita serei sempre eu. É assim que me sinto bem e quem não gostar tem uma boa solução, passe ao blogue seguinte. Pode ser que encontre melhor.