Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.
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sexta-feira, 12 de julho de 2024

Miguel

 12 de julho de 2024


Quase esqueci que esta foi durante muitos anos a casa onde melhor me expressei. Deixei de cá passar em janeiro de 2020, antes daquele que foi mais um marco na história mundial - "a pandemia".


Voltei porque acordei a pensar no Miguel, quem em "um voo cego a nada" partiu há cinco anos. Tive a honra de conhecer o Miguel. Hoje penso que deveria ter dado mais de mim ao Miguel, por que se houve pessoa que realmente merecesse foi ele.


Sempre digo que as pessoas deixam realmente de existir no dia em que são esquecidas, mas enquanto eu for dono de todas as minhas faculdades mentais jamais o esquecerei. 


domingo, 1 de dezembro de 2013

Passagens

Despertei para a escrita com 15 anos. Poesia principalmente. Era o tempo em que me considerava um poeta popular. E por assim me ver, comecei a participar em encontros de poetas aqui da zona. Eu era o membro mirim de um clube de gente já bem entradota e para quem a poesia escorria a cada frase que os lábios pronunciavam.

Certa vez, uma poetisa popular, virou-se para mim e disse-me que não gostava da minha escrita. Foi sincera e passados todos estes anos só lhe posso agradecer, mesmo que de forma anónima. Também nunca gostei do que a senhora escrevia. Não gosto que coloquem as pedras da calçada a chorar, só porque alguém teve uma contrariedade na vida. Deixei de me considerar poeta popular para passar apenas a ser poeta.

Relembro esta passagem da vida porque recentemente alguém me disse algo semelhante. Porém, ao contrário do que fiz no passado, em que escolhi afastar-me de quem não me aceitava no grupo, decidi desta vez que ficarei. Não me preocupo com as opiniões, mesmo as positivas. Escrevo de mim para mim e é isso que me interessa.

Não quero figurar em livros, pois já tive essa experiência e apesar de ter sido interessante e por uma boa causa, não estou afim de criar uma colecção própria. Mantenho-me por este espaço ou pelo meu arquivo pessoal, onde um dia alguém poderá ler o que não tenho coragem de mostrar publicamente.

Cresci e aprendi. É importante a opinião de quem está à minha volta e daqueles que me entendam, no entanto o primeiro crítico à minha escrita serei sempre eu. É assim que me sinto bem e quem não gostar tem uma boa solução, passe ao blogue seguinte. Pode ser que encontre melhor.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Culinária

Não preciso de psicólogos ou psiquiatras, chegam-me os diversos hobbies e em especial a culinária. Não encontro melhor terapia para a minha tontice.

Estava a preparar as minhas migas (estão uma delícia) quando me lembrei de uma conversa que ouvi numa esplanada.

1ª voz - Hoje convidaram-me para trabalhar fora do país mas não aceitei.
2ª voz - Então porquê?
1ª voz - Porque não consigo viver tão longe de ti.

(silêncio)

2ª voz - E se eu fosse contigo?
1ª voz - Mesmo assim não aceitaria, pois sei que tens cá as tuas raízes e eu jamais queria que te afastasses delas.

As coisas de que me lembro enquanto preparo os meus pitéus...


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Memórias musicais

Já devo ter escrito no blogue que em assuntos musicais sou completamente eclético. Não olho a estilos de música, salvo uma ou duas excepções, pois desde que me entre no ouvido e custe ou nunca mais saia, já é o que interessa. Desde música clássica, rock, pop, por vezes jazz, folclore nacional e internacional, sertanejo, samba, ectecectera.

A moda das rádios temáticas em Portugal leva-me a escolher meia dúzia de postos que se revelam de muito interesse musical. É o caso da M80 (músicas dos anos 70, 80 e 90), STAR FM (música da mesma época e concorrente da anterior), Rádio Cister (rádio regional de Alcobaça) e Rádio SIM (pertencente ao grupo Renascença).

Penso que foi na semana passada que ao viajar de carro fiz uma busca pelas rádios disponíveis e deparei-me com uma das mais belas músicas que conheço, transmitida pela rádio SIM e que me traz muitas recordações do final dos anos 80 e anos 90. Refiro-me ao fado "Olha a mala" tão bem entoada pela fadista Celeste Rodrigues, de quem eu acho que é dona de tão melodiosa voz. Não teve o sucesso da sua irmã Amália, mas apesar de ter beneficiado dos laços fraternais (a meu ver, claro) não lhe fica muito atrás.

"Olha a mala" era o tema que acompanhava um dos mais antigos concursos de rádio, o "Jogo da mala", da Rádio Renascença. O país quase parava no naquele posto radiofónico. Cada ouvinte vivia com a esperança de ser o feliz contemplado de uma milagrosa chamada, bastando para ganhar dizer a quantia certa e a frase, normalmente publicitária.

Deixo aqui um registo da música em questão. Infelizmente não encontrei no youtube a versão original da Celeste Rodrigues, mas sim esta gravação de um programa televisivo recente (4 anos ainda é recente cá para o je).

Espero ter avivado algumas memórias, pelo menos daqueles que são meus contemporâneos, referindo-me à época em questão.


E já agora deixo esta pérola recente. Um fado a duas vozes femininas.





segunda-feira, 29 de julho de 2013

Separação

Abro uma vez mais a janela das minhas memórias. Recuo três décadas e relembro o meu tempo de criança, em que nos dias de festa havia normalmente uma mesa reservada à cachopada.


Sempre fui agarrado à saia da minha mãe, pelo que nunca me agradou ser escorraçado para fora da mesa dos adultos e sentar-me junto dos pequenos. Afinal era pequeno...

domingo, 26 de maio de 2013

Encontrei um texto delicioso...

... que publiquei no meu blogue anterior. Estava perdido ali num velho caderno e eu já tinha pensado jamais voltar a encontrá-lo. E ainda recordo a crítica, na altura muito interessante, de um certo "pinguim".



Gosto de ti quando te convido para entrares no meu espaço. Espaço que passa a ser nosso. Gosto de ti, quando te dispo e com muito carinho te toco suavemente. Quando os meus dedos te encontram e se entrelaçam. Gosto de ti, quando te pego e te deito no leito já quente que preparei momentos antes. Aos poucos, com o aumento da temperatura, vais-te abrindo. E contínuo a mexer, imaginando a satisfação e prazer que me proporcionarás. Gosto de ti, enquanto odores se misturam, aumentando o meu desejo. E quando finalmente ficas pronto e molhadinho, delicio-me. E como se uma vez não bastasse, repito várias vezes. E tu, sereno, lá me vais saciando. Como eu gosto de ti. Deixas-me satisfeito e a pensar no nosso próximo encontro.

Não sei se haverá alguém que goste tanto de ti como eu. ADORO-TE ARROZ!!!

Ribatejo, 22-01-2011 (10:24h)


terça-feira, 9 de abril de 2013

1984

No programa da manhã da rádio M80, os apresentadores recordavam o primeiro dia de aulas e convidavam os ouvintes a partilharem as suas memórias. Recordei assim o meu primeiro dia de aulas. Recordo-me como se tivesse sido apenas ontem.

Decorria o ano de 1984. Penso que naquela altura as aulas começavam sempre após o início de Outubro. As vindimas ainda decorriam e a minha mãe estava ausente por causa do trabalho. Quem me levou à escola foi a minha avó materna.


A escola nova estava a ser construída e as aulas decorriam num outro espaço. Só no início de 1985 estreei a escola nova. Um edifício moderno, na altura, com duas salas. Creio hoje que seriam ainda resquícios do tempo "da outra senhora" porque as duas salas não tinham comunicação entre elas. Hoje já não é assim, felizmente.

Em 1984 ainda se usava mala ou pasta, pois as mochilas só eram utilizadas a partir do 5º ano. A minha era azul e acho que foi oferecida pelo meu padrinho.



Ainda recordo as velhas carteiras de madeira maciça com os bancos em peça única. A velha prateleira por baixo para arrumar a pasta. A inclinação do tampo. As ranhuras no topo para colocar as canetas e o furo redondo para o recipiente da tinta permanente. Muitos já haviam usado aquele mobiliário e eu seria o último.

No primeiro dia, após a apresentação, a primeira classe entretinha-se a pintar pequenos desenhos, impressos nos cadernos pelos velhos carimbos que a escola tinha. Foi o primeiro dia de um percurso de 17 anos de escola. E ainda o relembro.

domingo, 21 de outubro de 2012

Máquina do Tempo - Ídolos I


Gostava que inventassem uma máquina do tempo. Gostava que ela me fizesse viajar atrás no tempo e conhecer algumas pessoas. Pelo menos vê-las, mesmo que não tivesse oportunidade de falar, de trocar impressões.

Começo hoje por um dos maiores declamadores nacionais.


Ao ver um programa hoje no canal memória da RTP, tive a oportunidade de revê-lo uma vez mais na caixa mágica. Foi um dos pioneiros da televisão em Portugal. Foi também actor de cinema e teatro, cantor, radialista, amigo, pessoa, etc. E de acordo com os comentários foi bom em todas essas coisas.

A vida só vale a pena se formos relembrados após a morte.
eu mesmo

PS: Dedico esta publicação ao amigo João.