Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Fim de ano

Certos acontecimentos recentes fazem-me pensar no quão pequena a vida às vezes parece ser. São os acidentes rodoviários, as quedas de aviões, os elementos atmosféricos ou a simples partida de alguém conhecido ou familiar, que me trazem à memória outros tantos acontecimentos que de uma forma ou doutra afectaram a minha, até agora, curta existência.


Pela minha educação tradicional católica, devo crer que a morte é apenas o início de uma nova vida, da ressurreição, a vida eterna no céu, o Paraíso onde Deus acolhe todos os que Nele crêem. É este ensinamento que devia pôr um ponto final ao meu entendimento sobre a morte, mas não é o que realmente acontece.


De uma forma muito simples a morte é apenas escuridão, como se os olhos se fechassem para sempre, ocupando um estado de cegueira em que o silêncio é também algo sempre presente. Talvez a morte não se explique assim com tanta facilidade, mas é decerto a forma mais simples de pensar, não havendo a necessidade de ocupar neurónios perante uma questão com uma resposta tão simples.


Gosto de pensar como se fosse criança, que a morte é apenas a entrada em um novo mundo, o início de uma nova vida, onde mais tarde ou mais cedo todos nos encontraremos e possamos talvez matar saudades. Se do lado de lá é impossível sair, também é de lá que cada uma dessas almas vela por aqueles que ficaram deste lado. É uma forma poética de sentir algo que sempre nos é apresentado como terrível, o fim de tudo.


Parece que existe quem escolha a época festiva actual para passar para o lado de lá, como contrariando de propósito a felicidade ou a alegria que esta altura obriga. Não... não é assim tão simples. A foice não escolhe altura, não escolhe momentos, nem sequer deve responder a pensamentos. Ceifa pura e simplesmente as vidas que terminaram na Terra as suas missões, para que novos objectivos sejam reiniciados, onde quer que seja.





terça-feira, 9 de dezembro de 2014

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Defeitos

Acho que é um defeito de fabrico, mas é com ele que tenho de viver e especialmente quem me quiser aturar.

Tenho mau feitio. Confesso-o aqui e desde já. Sou assim principalmente porque à minha volta vejo as injustiças que se fazem ou que se escrevem. O mundo virtual trouxe-nos uma nova forma de comunicar, porém nem todos a usam com a responsabilidade que tal ferramenta necessita.

Descubro todos os dias que existem pessoas piores do que eu. E se pensar o quão mau eu já sou, até ganho medo quando tento descobrir alguém que não o seja, pois encontrar alguém igual a mim já me deixa de cabelos em pé.

Gosto de opinar, já aqui o referi várias vezes. Porém parece que só eu é que estou errado, pois todos os outros se acham correctos.

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Parece que o povo está mais interessado do que nunca em voltar ao tempo da "outra senhora". Afinal parece que a ditadura está na mente de muitos como uma coisa boa, mesmo que esses nunca tenham vivido realmente nesse tipo de regime político. A esquerda ganha força, em especial aquela que só com a dita ditadura poderia alguma vez ter o poder. Refiro-me claramente no comunismo, que tem sido o que a história nos tem ensinado... pelo menos aos mais atentos.

Parece que a direita não interessa ao país, nos dias que correm. Parece que a esquerda está adormecida. Enquanto isso outros ficam à espera que haja sangue para depois pegarem nos restos e subirem ao pódio. Não sei porque escrevi este parágrafo, acho que me entusiasmei apenas.

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Sou católico. Não entendo a razão porque se dizem uns ser praticantes e outros não. Cá para mim só existe o ser ou o não ser, não há cá meios termos, pois havendo-os é o mesmo que dizer que não se é realmente católico. Acreditar em Deus, no seu Filho e no Espírito Santo é claramente algo de espiritual, que não pode ser classificado por meios termos.

Que diga a Constituição que o estado é laico que não me interessa, pois quem forma o Estado são as pessoas e são elas que têm as suas crenças. Estar constantemente contra os feriados católicos é estar contra as pessoas, ou seja, é claramente uma forma de repressão espiritual e não é, a meu ver, direito de qualquer um em relação aos outros. Há que haver respeito pelas tradições do vizinho, desde que as mesmas não interfiram com as dos próprios.

Esquecer o caminho católico, com ou sem erros, na formação de Portugal é sem sombra de dúvida deitar por terra a razão porque existimos enquanto nação e acima de tudo enquanto cultura e diversidade mundial. Não me venham portanto com falsos moralismos, não somos máquinas, somos humanos e por isso temos direito às nossas crenças.

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Estamos em plena época festiva, quer gostem quer não gostem deve-se a uma comemoração católica. Deverá o Estado laico acabar com as festividades? Pois, não me parece. Implicaria acabar com férias escolares, retroceder o crescimento económico, juntar as famílias em redor da mesa. Parece que alguns não percebem ainda o significado de família e o que a velha tradição católica proporciona aos laços familiares.

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Resumindo e concluindo, estou com um mau feitio do caraças... apetecia-me dizer mais, mas este blogue aderiu ao grupo internacional sem palavrões.