Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

domingo, 15 de dezembro de 2013

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Que manhã tão complicada, até o centro comercial estava a abarrotar. Na zona da restauração a enchente era tanta que encontrar uma mesa vazia era simplesmente uma missão impossível. Já de tabuleiro nas mão, avistei um lugar vago numa mesa dupla. Não me fiz rogado e dirigi-me ao local e pedi se me podia sentar.

Qual o meu espanto quando reparo que eras tu que estavas sentado à mesa. Não te via há uns três meses, desde aquela festa em cada da nossa amiga comum. Convidaste-me a sentar e aproveitámos para colocar a conversa em dia.

De quando em vez os nossos olhares cruzavam-se e eu sentia um calafrio a percorrer o meu corpo. Tu desviavas o olhar e notava-se um ruborzinho nas tuas faces. Ficavas ainda mais bonito com aquela cor, como se se notasse ainda réstias da meninice que ainda habitava em ti.

O tempo passou, meia hora talvez. Acabaste de comer e tinhas que ir embora. Demos um aperto de mão e para despedida pedi-te o contacto telefónico. Coraste um pouco mais, foste com uma mão ao bolso do casaco e tiraste um cartão de visita azul. E eu nem sequer uma caneta tinha para te retribuir.


4 comentários:

Francisco disse...

E não tinhas telemóvel?

:P

João Roque disse...

Ai um cartão de visita azul...
Que requinte!

Ribatejano disse...

Francisco

Ai ai ai... onde está esse romantismo?

Ribatejano disse...

João

Depois explico o porquê da cor.