Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Com dedicatória a Coimbra

Mote

Podes pensar que sou infeliz
Por viver nesta solidão:
Mas vivo a vida que eu quis
Apesar de ser um só coração.

Glosas

Sou metade de um par
Lá nisso tens toda a razão;
E passo a vida a cantar
Em rimas, minha solidão.

     Sou metade de um poema
     Escrito com muita dor;
     Sou um só neste sistema
     Em que só eu dou amor.

Sou metade de uma vida
Peço a Deus a outra parte;
Mas é súplica perdida
Pois nem para pedir tenho arte.

     Sou metade de um brinco de cereja.
     Até esta fruta tem mais sorte;
     Vivo de constante inveja,
     Não sabendo qual o meu norte.

Sou metade do que tu pensas,
E pensas que sou infeliz?
Não venhas com fé ou crenças,
Vivo a vida que sempre quis.

     Sou metade de um momento
     Pois vivo nesta solidão.
     Sou metade do pensamento,
     Sou parte de um só coração.

Coimbra, 09 de Dezembro de 2000 (03:23 h)


4 comentários:

Francisco disse...

Temos poeta ;)

Ribatejano disse...

Francisco

Houve em tempos...

miguel disse...

acho que a cidade ia ficar feliz e mais completa se pudesse ler este teu poema

Ribatejano disse...

Miguel

Restas tu...