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domingo, 8 de janeiro de 2017

Soares... Mário Soares

Confesso que nunca simpatizei muito com o Dr. Mário Soares. Talvez devido ao facto de ter crescido num interior, embora considerado já litoral devido à aproximação da costa marítima, onde muitos apontaram tantas vezes o dedo a esse senhor, principalmente devido à descolonização, assunto que não irei referir por me considerar um leigo na matéria.

Mário Soares foi e sempre será um homem incontornável na história do século XX português, podendo figurar entre as grandes personalidades nos quase 900 anos de história deste pequeno rectângulo Luso. Contestado por um país habituado a baixar a cabeça perante uma elite governante já desgastada, levado em ombros por tantos que lhe reconheceram feitos inimagináveis.

Ontem percebi realmente que há que fazer justiça ao trabalho que o Dr. Mário Soares teve, ao seu sofrimento durante 32 anos de prisão e exílio, à distância ao seu e nosso amado país, à cultura, à democracia e acima de tudo à Liberdade de que todos gozamos actualmente. Ouvi da boca de Miguel Sousa Tavares, que Soares, oriundo de uma abastada família, podia ter tido uma vida descansada, sem problemas e afinal lutou contra um estado novo que aos poucos foi caindo como se de um moribundo se tratasse.

Sofreu Soares e toda a família, quantas vezes encontrando-se preso conjuntamente com o seu próprio pai, casou com uma mulher extraordinária, viveu cada dia intensamente, foi governante, presidente, travou lutas, dividiu e uniu, teve palavra. Há portanto razões que sobram para que este Homem seja realmente considerado o Pai da Democracia, o homem que se deu ao País e que o uniu para que hoje possa haver Liberdade, como esta que agora tenho ao escrever esta pequena homenagem.

Defeitos todos nós os temos, mas é nas qualidades que os grandes homens deixam a sua marca e por isso merecem ser sempre recordados. É como eu sempre digo, uma pessoa só morre realmente quando for esquecida, quando nunca mais se ouvir falar no seu nome.

Obrigado Mário Soares. Marocas, para a malta da minha idade.









sexta-feira, 13 de junho de 2014

Recordar António

Dou comigo muitas vezes a pensar o que seriam hoje aqueles que deixaram este mundo cedo demais. Que diferença poderia cada um ter feito na sua área de actividade, que modelos poderiam hoje ser.



Recordo António, não o santo que hoje se comemora, o da trilogia de santos que protegem Lisboa, pelo menos na alma de cada um dos seus habitantes, mas o outro, aquele que por ironia do destino se findou no dia do casamenteiro. António Joaquim Rodrigues Ribeiro, um amarense que decidiu partir para a capital, onde aprendeu a profissão de cabeleireiro, profissão mal vista pelos aclamados "machos latinos" da altura. Mas foi no panorama musical que este António mais se destacou, principalmente pelas suas músicas quase tão loucas como o seu irreverente aspecto.

António deixou-nos há trinta anos. Deixou-nos acima de tudo uma maravilhosa memória musical, que contínua a encantar as gerações. Muitos foram os que fizeram versões das suas músicas, reconhecimento alto da importância do que nos delegou para sempre.

Hoje recordo o António... o Variações.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Dois países, uma língua

Num único dia dois países irmãos ficaram mais perto pela mesma razão: a tristeza invadiu o pequeno Portugal e o grande Brasil.

Duas pessoas de áreas tão diferentes mas que sempre marcaram a diferença. Por cá o primeiro grande e global jogador de futebol, Eusébio da Silva Ferreira, um moçoilo vindo da outrora chamada Lourenço Marques, conhecida agora por Maputo, capital de Moçambique. Do outro lado do oceâno, um dos maiores cantores românticos de sempre, Nelson Ned, um gigante apesar de ser apenas uma pequena pessoa, só com 1,12m de altura.

O comum entre os dois é sem sombra de dúvida quem foram numa certa altura das suas vidas. Por cá o jogador de futebol que maravilhava os adeptos pelos seus feitos, em especial os seu golos espectaculares. Do outro lado, onde é verão por esta altura, um cantor que ultrapassou todas as barreiras terrestres e humanas, arrasando corações com a sua tremenda voz.

Podia estar aqui a reescrever mil e uma características de cada um destes maravilhosos homens, cuja pequena homenagem aqui deixo, mas acho que não vale a pena. Vale sim a pena nunca esquecer esses dois gigantes, essas duas pessoas que mudaram o mundo sem que déssemos por isso. Foram a felicidade estampada nos rostos de muitos. Cometeram os seus erros, afinal são humanos como cada um de nós, porém os melhores feitos ficam sem dúvida na memória.

É como eu sempre digo, a vida só vale realmente a pena se nunca formos esquecidos.

Obrigado Eusébio, Obrigado Nelson Ned. Até sempre.





sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O conto da Margarida

O grupo reunia-se invariavelmente todas as noites. Um grupo de membros heterogéneos que preenchiam cada um dos lugares disponíveis. Não havia liderança. Os mais velhos davam a palavra aos mais jovens embora se notasse um respeito por parte dos últimos pelos que tinham mais experiência de vida.

O grupo era dono da noite, todo o espaço circundante lhes pertencia. O barulho provocava os cães e os outros moradores, os que viam na noite a oportunidade de descansarem para um novo dia de trabalho. Várias eram as vezes em que baldes de água, latas, sapatos velhos, voavam em direcção aos membros, que fugiam e gargalhavam pela falta de pontaria.

Não eram vagabundos. Assim que surgiam os primeiros raios de sol, retornavam a casa. Deitavam-se de papos para o ar, refastelados ao sol, na protecção das intempéries. Comiam e bebiam e à noite voltava aquela lufa-lufa que tinham já vivido na noite anterior.

Certa noite algo estava diferente, o número de membros diminuiu. Os mais velhos deram pela falta de duas mais novitas, que normalmente o acompanhavam, quase coladas. As duas em questão eram bem diferentes do resto do grupo, queriam mais do que os outros na realidade lhes podiam dar. Tinham sede de saber, conhecer o que se passava além das fronteiras quase rígidas, impostas pelas gerações anteriores. Afinal o mundo era tão grande e custava-lhes ficar limitadas àquele território.

As noites passaram e não apareciam. Um dos mais velhos, curioso, dirigiu-se então à sua casa, já que viviam juntas. Queria uma explicação, não queria acreditar que aquelas duas se tinham fartado do grupo. Estariam doentes?

Foi então que descobriu a verdade. As duas, ávidas de saber, passavam as noites em casa acompanhando aquela que lhes podia transmitir as coisas que o resto do mundo tem. As prateleiras repletas de livros, evidenciavam as longas noites de leitura e aprendizagem que aconteciam naquele espaço. O ancião do grupo entendeu então qual a razão para a ausência das duas.

Perceberam que estavam a ser observadas do lado de fora da janela. Uma delas foi então ao exterior e falou com o vulto. Explicou-lhe que a ausência devia-se ao facto da sua dona estar sozinha em casa e precisar de companhia. Em contrapartida os livros davam-lhes conhecimentos, daqueles que o grupo não conseguia satisfazer.

Tal como prometeram ao ancião algumas noites antes, as gatitas retornaram ao grupo algumas noites por semana. Passaram elas a ser as mais entendidas em diversos assuntos. Não se deixavam porém levar pelo conhecimento. Tinham novas histórias para contar e acima de tudo respeitavam os outros membros do grupo.

Margarida sentia-se bem junto dos seus livros e das adoradas gatas, que apesar de passarem algumas noites deitadas junto a ela, pareciam absorver todas as palavras que lia, evidenciado pelos movimentos constantes das orelhas das duas aprendizas. Livros e companhia das gatas… afinal já pouco faltava…



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Só para relembrar...

... que o blog já teve acima de 6 mil visitas.

Nada mau para esta casa que não tem muito interesse.

Obrigado visitantes... e amigos.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Mentha spicata

No topo das minha ervas aromáticas favoritas está, sem sombra de dúvidas, a hortelã-comum.


No meu jardim oestino está um pequeno canteiro com esta tão popular erva aromática. Foi trazida do ribatejo, onde à diversos anos tem sido cultivada.

Hoje utilizei-a para temperar uma salada de alface cortada em juliana e tomate, juntamente com um bom azeite, vinagre de sidra e sal (esqueci a cebola).

Por ser um dos meus temperos favoritos, vou dedicar esta publicação aos meus provedores, que me libertaram do jugo da censura (hehehe).



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ainda actuais as velhas canções


Zeca Afonso... 25 anos passaram... não parece.