Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

domingo, 3 de novembro de 2013

Feriado

Podem tentar acabar com as tradições e até introduzir outras que não nos dizem coisa alguma, mas a verdade é que temos que ser cada um de nós a manter a tradição.

Deve ser o título possível para uma obra literária mais longo de sempre. A verdade é que não será um título mas apenas o início de um pensamento que invade os arquivos onde se alojam as memórias mais antigas.

Dia 1 de Novembro deixou de ser feriado. Foi suspenso, diz a lei. Cá para mim foi eliminado para sempre. Outros feriados foram eliminados do nosso calendário e este será apenas mais um. Outros continuam a ser lembrados e este continuará a ser. Pois a memória é muito mais importante que qualquer lei que nos seja imposta.

Já quase não se vê quem peça o "Pão por Deus", mesmo aqui no campo. Ou pelo menos o número de crianças a fazê-lo é cada vez mais diminuto. talvez porque a miséria afinal não é tanta ou porque a taxa de natalidade é cada vez menor, não se renovando as populações.

Já o dia 2 não deixa de ser dedicado aos Finados. Ao menos que o povo se lembre de visitar cada cemitério, onde jaz parte da história de cada um. Gosto de visitar cemitérios. Não é um lugar tão triste como muitos pensam. Enquanto nos lembrarmos dos entes queridos que por lá repousam, não passarão ao esquecimento. Eu não esqueço de quem partiu e a quem um dia me juntarei. Chamem-me antiquado, mas só assim me consigo definir enquanto pessoa e continuador da tradição.

Não me venham com essas tradições dos outros que comigo não pegam. Nem no tempo de escola eu gostava dessas comemorações e nunca gostei que me fossem impostas. Infelizmente contavam para a nota final e isso fazia-me, apesar de alguma revolta, estudar o assunto e apresentar os trabalhos necessários. Talvez seja a minha costela de camaleão, adaptar-me às dificuldades que aparecem.

Foi um fim de semana de abusos. Claro que me refiro às questões gastronómicas. Jamais posso deixar para trás as deliciosas broas, tradição desta época festiva. venham as broas de chocolate, de mel, batata doce e todas as qualidades existentes. Venham as cobertas com açúcar ou simplesmente recheadas com frutos secos. Não esqueçamos as pevides, os tremoços, as nozes, os figos secos, as passas de uva, os amendoins, pistácios. Se bem que os frutos secos não sejam tão mais quanto o açúcar que compõem as broas. Fecho os olhos nestes dias e esqueço a saúde. Afinal só no final de Dezembro o "regabofe" volta, há tempo para recuperar, penso eu.

Já não se junta a família como eu gostava. Uns partiram e já não voltam, outros estão mais longe e as dificuldades da vida aumentam a distância. Cabe a cada um de nós manter a tradição e tentar que seja o que sempre foi, apesar das adversidades.


2 comentários:

Francisco disse...

Tradição é tremoços com cerveja LOLOLOLOLOLOLOLOLOL

Ribatejano disse...

Francisco

Tu não és assim.