Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Frio. Bicicleta. Prazer.

Este novo ano trouxe-nos uma surpresa esperada, o frio. Temperatura negativa é o que sinto quando saio de casa pela manhã. O branco do gelo apodera-se do verde da erva, do pára-brisas do carro, cria finas camadas de gelo nas poças de água.

Voltei às minhas pedaladas domingueiras e não me importo com o frio. O importante é aquela sensação de liberdade que se apodera de todas as partes do meu corpo, pois é em cima da bicicleta que invento as melhores histórias, as canções mais loucas e até aproveito para pensar na vida. No final, quase esqueço as dores nos dedos provocadas pelo frio, só porque as luvas não são as adequadas para o inverno. As orelhas frias, o nariz ou até os pés, nada interessa. O importante é ir mais longe, percorrer aquela subida que quase me faz saltar o coração pela boca, descobrir um novo trilho e chegar de novo ao ponto de partida, cansado, mas com um saborzinho de vitória.

Contra todos os conselhos viajo sozinho. Andar em grupo é por vezes mais complicado, especialmente quando os andamentos não são os mesmos. Não encontro com facilidade ciclistas parecidos comigo, que me acompanhem ou que eu os consiga acompanhar. Não gosto que tenham que esperar por mim, mas igualmente não gosto de deixar ficar quem quer que seja para trás. Não é esta a minha natureza, não pedalo por competição, faço-o porque gosto e porque sei os benefícios que produz na minha saúde, física e mental.

Os dias estão ainda muito curtos embora já se note que a noite chega mais tarde. Anseio por isso que seja rapidamente domingo para, em conjunto com a minha companheira de duas rodas, me fazer de novo à estrada. Quero embrenhar-me pela mata, sentir o cheiro dos eucaliptos, rodar por cima das agulhas caídas dos pinheiros, sentir os raios de sol por entre os troncos das árvores, ouvir o pio das águias, cruzar caminho com um coelho. Afinal todos temos pelo menos um vício e pedalar é apenas um dos mais prazenteiros que possuo.


2 comentários:

Francisco disse...

Depois ficas com um rabo rijo de tanto pedalar eheheheheheh

No ginásio está mais quentinho ehehehehehhehehehehe

Ribatejano disse...

Ginásio é sítio de lisboeta. Eu gosto é do campo!