Teria que ser feito alguma coisa o mais rápido possível. Havia necessidade de salvar o pouco que existia ou cairia em total esquecimento. Não bastava uma limpeza, uma nova pintura. Era preciso ar fresco, ar novo e quem lá ainda morava, perdia as forças a cada dia que passava.
Cada passo dado pela rua só faziam o tempo passar. O dia a dia era apenas ocupado com as presas da vida moderna. Já nem o emprego era suficientemente satisfatório. Era apenas mais uma rotina, com problemas resolvidos quantas vezes sem conta, sempre da mesma maneira. os colegas eram sombra. Simples "bom dia" e "até amanhã" eram balbuciados. Todos desconhecidos. Todas vidas modernas.
Ao fim de cada dia, o mesmo percurso de volta. Os mesmos lugares estáticos, com vidas próprias, só aproveitadas por alguns. No rádio do carro, as músicas usuais, os cantores usuais, as notícias curriqueiras. E a entrada da casa, sempre igual... seca.
(um dia acabo)
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São 6:45H. Estou a ouvir:
6 comentários:
E espero que acabe mesmo! Você tem uma escrita muito boa de se ler. Caminhamos juntos, conseguindo sentir a sua narrativa como se estivessemos vivendo tudo aquilo. Só não vale deixar o gostinho de quero mais e esse não vem, heim!
Abração.
Infelizmente já iniciei demasiados projectos, mesmo literários... um dia acabá-los-ei.
Obrigado Cesinha.
Uma coisa de cada vez, Ribatejano. É bom iniciar projetos, mas não os deixes todos por concluir. :)
Caro coelho, no meu caso falar é fácil. Infelizmente preciso de manter a minha cabeça ocupada, para não enlouquecer. hehehe
Quando acabares, diz...
Sim... vou tentar... um dia.
:P
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