Apagou-se a lâmpada da iluminação pública que ilumina a minha porta de entrada...
... sinal que não estás cá.
Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.
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sexta-feira, 3 de outubro de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
Tarde
Convidei a Dama de Espadas para sair. Queria aproveitar esta tarde primaveril da melhor forma. Fomos até ao limite da terra e avistámos o mar, cujas águas, acicatadas pelo vento, mostravam quase toda a sua fúria.
Parei o carro e agarrei-me com suavidade à minha companheira. Quem estivesse de fora e não nos conhecesse pensaria facilmente que estariamos com comportamentos menos próprios. Afinal era apenas a força do vento que ao embater a superfície do coche fazia-o tremer. Não nos fizémos velhos ali e de novo as rodas de borracha se acharam no piso betuminoso.
Na volta deu-me um desejo de gaja: ir às compras. A despensa já exigia atenção pelo que o supermercado foi a primeira paragem, para comprar alguns bens essenciais. Mas não chegou. Ainda pensei ir mais longe mas acabei por encurtar caminho e aterrar numa loja oriental. Umas coisinhas para a casa apenas.
Na loja seguinte acabei por comprar aquelas camisolas que a minha mãe há tanto tempo me exige e que a forretice normalmente impede de satisfazer esse desejo, se bem que já me farto de ver sempre aquele gordo ao espelho com camisolas iguais às minhas.
Volto para casa escolhendo um caminho fora do normal. Entro e colo-me ao fogão que já andava tristonho, com saudades das minhas invenções gastronómicas. O príncipe canino cá do castelo é o primeiro a banquetear-se, só depois aqui o aio trata de si. Não sem antes aqui vir e escrever umas linhas.
Parei o carro e agarrei-me com suavidade à minha companheira. Quem estivesse de fora e não nos conhecesse pensaria facilmente que estariamos com comportamentos menos próprios. Afinal era apenas a força do vento que ao embater a superfície do coche fazia-o tremer. Não nos fizémos velhos ali e de novo as rodas de borracha se acharam no piso betuminoso.
Na volta deu-me um desejo de gaja: ir às compras. A despensa já exigia atenção pelo que o supermercado foi a primeira paragem, para comprar alguns bens essenciais. Mas não chegou. Ainda pensei ir mais longe mas acabei por encurtar caminho e aterrar numa loja oriental. Umas coisinhas para a casa apenas.
Na loja seguinte acabei por comprar aquelas camisolas que a minha mãe há tanto tempo me exige e que a forretice normalmente impede de satisfazer esse desejo, se bem que já me farto de ver sempre aquele gordo ao espelho com camisolas iguais às minhas.
Volto para casa escolhendo um caminho fora do normal. Entro e colo-me ao fogão que já andava tristonho, com saudades das minhas invenções gastronómicas. O príncipe canino cá do castelo é o primeiro a banquetear-se, só depois aqui o aio trata de si. Não sem antes aqui vir e escrever umas linhas.
quarta-feira, 19 de março de 2014
Tarde quente
Este Ribatejano aproveita o resto da tarde disponível para andar de volta da horta. Já que vivo no campo e tenho um pedacinho de terreno, embora de pouca qualidade, aproveito para o cultivar.
Já plantei umas videiras, alfaces de duas espécies, pepinos, courgette, tomate chucha. Ainda há algum espaço, que deixo para as ervas de cheiro. Já tenho salsa, hortelã comum e menta, salva e vou semear coentros.
O limoeiro ainda está com mau aspecto mas os loureiros já têm folhas novas. O mais bonito de tudo são as brancas flores das ameixoeiras, que teimam a não dar grande coisa. A velha oliveira rebentou com força este ano e a árvore do vizinho compões o espaço.
Ah já me esquecia, adoro o tempo como está, já que me permite andar só de boxers dentro de casa.
Já plantei umas videiras, alfaces de duas espécies, pepinos, courgette, tomate chucha. Ainda há algum espaço, que deixo para as ervas de cheiro. Já tenho salsa, hortelã comum e menta, salva e vou semear coentros.
O limoeiro ainda está com mau aspecto mas os loureiros já têm folhas novas. O mais bonito de tudo são as brancas flores das ameixoeiras, que teimam a não dar grande coisa. A velha oliveira rebentou com força este ano e a árvore do vizinho compões o espaço.
Ah já me esquecia, adoro o tempo como está, já que me permite andar só de boxers dentro de casa.
sábado, 27 de julho de 2013
Relatos serranos
Por ironia, cada vez que me sento no exterior para escrever, o vento é presença constante. O dia esteve quente, normal para a época. Alguns sopros esporádicos, faziam amenizar um pouco o ambiente. Agora está mais forte. Nada que me surpreenda, estando no ponto mais elevado do Oeste, ou seja, em plena serra do Montejunto.
O sol, descendo do horizonte, em direcção ao mar, encontra-se cor-de-laranja. O ar ainda está quente e já se nota a formação de uma neblina no horizonte. Vê-se a baía de S. Martinho ao fundo. Os moinhos de vento, como chama o povo aos modernos aerogeradores, encontram-se em pleno movimento. Já ali os dez instalados na Serra de Nossa Senhora de Todo-o-Mundo, mais longe os da serra dos Candeeiros. Por lá as torres brancas são em maior quantidade, contrastando com a brancura das pedreiras que ferem a paisagem.
Já quase não vejo o sol de onde estou sentado. Estou mais abrigado do vento mas cada sopro arrasta consigo ar quente que quase queima a pele. Restos do dia que finda antevendo uma sexta-feira bem mais quente. Uma águia aproveita esta bonança de energia. Há pouco eras duas, talvez um casal em busca de alimento para as suas crias. Talvez eternos apaixonados numa dança de sensualidade.
Gosto da pedra que me serve de apoio. Tal como gosto de todas as que formam esta velha igreja. Ervas secas povoam as juntas da calçada que compõe o espaço envolvente. Dão um ar de antiguidade, não de descuido como alguns dirão. Pequenos tufos de musgo povoam as zonas mais sombrias.
Há mais gente pela serra. Visitantes, ciclistas, um fotógrafo talvez amador. A serra convida, a luz vai-se e está na hora de voltar a casa.
Montejunto
04-VII-2013 (21:15h)
O sol, descendo do horizonte, em direcção ao mar, encontra-se cor-de-laranja. O ar ainda está quente e já se nota a formação de uma neblina no horizonte. Vê-se a baía de S. Martinho ao fundo. Os moinhos de vento, como chama o povo aos modernos aerogeradores, encontram-se em pleno movimento. Já ali os dez instalados na Serra de Nossa Senhora de Todo-o-Mundo, mais longe os da serra dos Candeeiros. Por lá as torres brancas são em maior quantidade, contrastando com a brancura das pedreiras que ferem a paisagem.
Já quase não vejo o sol de onde estou sentado. Estou mais abrigado do vento mas cada sopro arrasta consigo ar quente que quase queima a pele. Restos do dia que finda antevendo uma sexta-feira bem mais quente. Uma águia aproveita esta bonança de energia. Há pouco eras duas, talvez um casal em busca de alimento para as suas crias. Talvez eternos apaixonados numa dança de sensualidade.
Gosto da pedra que me serve de apoio. Tal como gosto de todas as que formam esta velha igreja. Ervas secas povoam as juntas da calçada que compõe o espaço envolvente. Dão um ar de antiguidade, não de descuido como alguns dirão. Pequenos tufos de musgo povoam as zonas mais sombrias.
Há mais gente pela serra. Visitantes, ciclistas, um fotógrafo talvez amador. A serra convida, a luz vai-se e está na hora de voltar a casa.
Montejunto
04-VII-2013 (21:15h)
terça-feira, 8 de maio de 2012
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