Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.
Mostrando postagens com marcador nazaré. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador nazaré. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Tradições

Nazaré não é só praia, santuário, elevador, sete saias, mar, turismo. Na Nazaré também existe folclore, paisagem e uma das mais belas tradições e um dos meus petiscos favoritos, o carapau seco.


Resultado da necessidade de conservar o peixe, secando-o, a arte chegou até aos nossos dias. Dizem as más línguas, que o segredo de tão saboroso pitéu é a mijinha que as peixeiras fazem para dentro do balde da salmoura. Seja esse o segredo ou não a verdade é que o carapau seco, vendido ali mesmo na praia, mais seco para comer na hora, menos seco para cozer ou para assar na brasa, se tornou um símbolo daquela bonita vila, do distrito de Leiria.


Frequentemente se dirijo àquelas paragens e raramente é a vez que de lá saio sem uma dúzia ou duas de carapaus secos, devorando um ou dois ali mesmo e cozinhando o resto já em casa. Hoje foi ingrediente de uma bela caldeirada à minha moda, simples e sem grandes temperos, já que a saúde assim me obriga.

Acompanhou o carapau a posta de atum de barrica (peixe conservado em salmoura e demolhado), o bacalhau e a cavala, temperados com o maravilhoso piri-piri, que juntamente com o tomate, a cebola, o alho e o louro, conferiram às batatas e ao molho tão bom sabor. Não faltou à festa o azeite e o vinho branco, nem sequer a boa fatia de pão de trigo que foi secando o molho do fundo do prato, limpando-o quase na perfeição.

Hajam deliciosas tradições que cá o Ribatejano logo as aproveitará.