Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Pareço ser...

... inteligente.


A minha modéstia rural não me permite concordar totalmente com a ideia de me considerar inteligente. É certo que não sou pessoa que se limita ao seu espaço, tenho muitas curiosidades e isso tem-me feito partir em busca de respostas. É certo que nem preciso sair de casa, pois tenho um mundo à distância de um ecrã de computador.

É também certo que só ter este mundo à disposição nem sempre me chega. De que vale ter um mundo tão perto quando nem sequer o ar de outras paragens se respira. O ar não é igual em todos os lugares do mundo. Com maior ou menos quantidade de oxigénio, com odores agradáveis ou não.

Confesso que preciso ler mais. Limito-me a histórias de conspiração, livros que facilmente chegam às prateleiras mais altas, ao destaque. Preciso ler clássicos, pois acho que esses têm as melhores respostas às perguntas mais complicadas. Nem sei como consigo escrever sobre certos assuntos, quando as dúvidas são tantas e precisam ser esclarecidas.

Dizem que tenho boa conversa, que conquisto com ela. A escrita principalmente. Que sou organizado nas respostas, que escrevo rápido, não dando tempo ao outro de reflectir sobre as frases com que "ataco". Deve ser a fome de conversa que invade todo o meu ser e que me faz fartar das paredes que me ouvem dia após dia.

Quantas vezes o bom humor afecta os sentimentos, as ideias. Quantas vezes a palhaçada invade as conversas mais sérias. Uma defesa apenas dizem alguns, uma forma de me esconder. A verdade é que os mais inteligentes despedaçam facilmente a máscara com que tento tapar a minha verdade. A verdade que tento esconder desesperadamente e que consigo vezes sem conta, tantas quanto aquelas que me exponho erradamente.

Não sou o ser tão inteligente como costumam dizer. Não sou o conhecedor da experiência que por vezes os meus textos parecem querer demonstrar. Antes pelo contrário, apenas me limito a fazer minhas as experiências daqueles que muitas vezes não têm coragem de as expressar ao mundo. Sou apenas um narrador ou contador de histórias, apesar de ter consciência que tais experiências podem de alguma forma ajudar alguns indecisos.

Pareço apenas ser inteligente. Afinal...



6 comentários:

Francisco disse...

Inteligente ou não, gosto muito do que escreves e de ter-te conhecido pessoalmente :D

Abraço

P.S - Não levo nada a sério do que tu escreves, mas fico inspirado com algumas coisas que escreves :D

Ribatejano disse...

Ufa

lolada

Mark disse...

O conceito de inteligência é muito relativo e o teu texto é redutor nesse sentido: há várias inteligências. Cognitiva, emocional, etc, etc. Não sou de Psicologia, logo, não estou inteiramente à vontade para debater este assunto.

É difícil, então, determinar o que são as inteligências e como as podemos aferir. Todos temos aptidões e só o desconhecimento poderá levar a que se considere A inteligente e B burro. Há anomalias, os designados 'atrasos', mas seguramente não chegam por si só. Não quero com isto dizer que não há 'burrinhos'. Há, e muitos.

:)

Eolo disse...

Continua a escrever, nós por cá continuamos a ler.

Ribatejano disse...

Mark

Concordo com tudo o que escreveste e revejo-me em cada palavra.

Só não sou "burrinho" porque tenho corpo de "burrão". ;-D

Ribatejano disse...

Eolo

Obrigado. Certos vícios são difíceis de deixar.