Tantas vezes dou por mim a pensar que o silêscio se torna cada vez mais insuportável. Afinal, faz-me um pouco de confusão não ouvir nada, especialmente quando se repete todos os dias.
Gostava de poder ouvir mais do que o som que vem do despertador ou das melgas que voam em meu redor, em busca da melhor área da minha pele para picarem e me sugarem aos poucos.
Já nem a coruja das torres que aqui morava ao lado eu ouço. Tantas vezes a amaldiçoei que acho que deve ter migrado para uma outra ruína qualquer. Apenas um latido de um cão ao longe, por vezes, corta o desconcertante som do silência.
É verão. É nesta altura que o silêncio é interrompido pelas festas das aldeias em volta. Agora é a da sede de freguesia, que deixou de o ser devido à última reforma administrativa. Passam das duas da madrugada e lá tenho que ouvir, involutariamente, a mísica em altos berros. O pior é que as palavras chegam à minha casa com uma nitidez tal, que acho sinceramente que os que ainda por lá resistem nem as devem o sentir da mesma forma.
Esta termina esta noite, mas a próxima inicia dentro de três dias. É mais longe mas invariavelmente parecerá ser aqui à porta.
Não sou contra as festas de verão mas raios, um homem também precisa de dormir. Oh silêncio sagrado!
6 comentários:
Tu decide-te homem ;P
Já pensaste em ligar a televisão :O
Francisco
Agora tenho um ror de canais disponíveis, mas prefiro estar a dormir às duas da madrugada em vez de estar a ver ficção.
A não ser que haja algo melhor... mas isso já é outra conversa.
AMIGO! silencio é tão bom! mas talvez vc tenha razão, silencio que vai crescendo (como as corujas que partiram) e se torna cada vez mais silencio, pode ser angustiante!
abraços! curti seu blog!
Obrigado HHP
Bem vindo ao espaço do disparate. ;)
Quando nada se consegue contra algo ou alguém, devemos aderir à causa ou juntar-nos às pessoas...
Música pimba e bebedeiras? Thank's, but no thank's.
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