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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Afinal...

"Cada dia que passa, tão igual ao anterior, parece ser apenas mais uma continuação de algo que deveria ter já cessado de existir."

Seria assim o início de mais um texto literário, caso eu soubesse desenvolver uma ideia que parece ser tão descabida de sentido. Escrever sobre todos os dias que parecem ser tão inconfundíveis entre si, demonstraria apenas o marasmo do real destino que os meus escritos aparentam, de forma tão desconcertada, seguir.

Calor. É isso que sinto mesmo nos dias mais frescos, uma verdadeira primavera fora de época. Talvez o cansaço ou apenas a aparente preguiça, me façam pensar nos dias como se realmente fossem importantes. Não o são para o fim desejado, apenas para o avançar da idade, que me faz apenas pensar em todos os momentos passados, especialmente aqueles em que uma aparente alegria, ocupava pelo menos um par de horas.

Até as nuvens passam, assim diz o povo. Não passa porém esta incontornável vontade de fazer melhor cada vez que aqui me perco. Na realidade, nesta inconfundível verdade, pouco aprendo. E assim, aos poucos, talvez até a uma velocidade demasiado rápida, me vou perdendo em ideias sem sentido, mais do mesmo.

Comecei a semana com uma estranha viagem ao passado, recordando memórias que esperava não existirem sequer na minha biblioteca de momentos já vividos. Foi quase intenso, não tanto como as dores nas pernas que restaram, sinais de que me mantenho em movimento. Quero voltar a sentir tal sensação, talvez sejam emoções assim que me façam voltar à realidade e a curiosidades antigas.

Contínuo assim, sempre igual e no entanto com uma leve sensação de que já mudo um pouco. O futuro a Deus pertence.


4 comentários:

Horatius disse...

É sempre bom relembrar o passado. Sobretudo se temos boas recordações dele. As coisas más não vale a pena recordar. Não podemos é viver no passado. A vida segue em frente!

Abraço

Ribatejano disse...

Horatius

Obrigado pelo comentário

João Roque disse...

Hoje, mais que nunca te devo dar um conselho: escreve um livro!

Ribatejano disse...

João Roque

Aí está um conselho que não devo seguir com facilidade. Mas agradeço na mesma.