Convidei a Dama de Espadas para sair. Queria aproveitar esta tarde primaveril da melhor forma. Fomos até ao limite da terra e avistámos o mar, cujas águas, acicatadas pelo vento, mostravam quase toda a sua fúria.
Parei o carro e agarrei-me com suavidade à minha companheira. Quem estivesse de fora e não nos conhecesse pensaria facilmente que estariamos com comportamentos menos próprios. Afinal era apenas a força do vento que ao embater a superfície do coche fazia-o tremer. Não nos fizémos velhos ali e de novo as rodas de borracha se acharam no piso betuminoso.
Na volta deu-me um desejo de gaja: ir às compras. A despensa já exigia atenção pelo que o supermercado foi a primeira paragem, para comprar alguns bens essenciais. Mas não chegou. Ainda pensei ir mais longe mas acabei por encurtar caminho e aterrar numa loja oriental. Umas coisinhas para a casa apenas.
Na loja seguinte acabei por comprar aquelas camisolas que a minha mãe há tanto tempo me exige e que a forretice normalmente impede de satisfazer esse desejo, se bem que já me farto de ver sempre aquele gordo ao espelho com camisolas iguais às minhas.
Volto para casa escolhendo um caminho fora do normal. Entro e colo-me ao fogão que já andava tristonho, com saudades das minhas invenções gastronómicas. O príncipe canino cá do castelo é o primeiro a banquetear-se, só depois aqui o aio trata de si. Não sem antes aqui vir e escrever umas linhas.
3 comentários:
Tens mesmo que escrever mais; e cozinhar!!!
Penso mesmo que escrever e cozinhar são dons que possuis em quantidade e qualidade além do normal - e dão-te prazer, o que é uma mais-valia.
Escrever pouco e com qualidade é que interessa. (onde é que eu já li isto?!)
Quanto aos cozinhados... ainda não perdi a esperança de provares as minhas (des)aventuras.
rsrsrs
As vezes tem-se mesmo de ir às compras... Já percebi que gostas tanto de comprar roupa como eu... LOL
MAs quando tem de ser, tem de ser...
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