Gosto da monumentalidade que rodeia um bom filme, seja ele histórico ou de fantasía. Os grandes heróis têm o seu lugar no imaginário de cada um de nós.
Ontem decidi deixar a choradeira de lado (um dia eu explico) e optei por um bom filme no canal Hollywood. Alexandre, O Grande. Não se trata de fantasia pois o herói Macedónio existiu, tendo construído um dos maiores impérios de todos os tempos. Morreu novo, antes dos 33 anos.
Mosaico de Alexandre com o seu cavalo Bucéfalo
Sendo uma personagem histórica, já sabemos à partida qual vai ser o seu fim, o seu destino. Mesmo assim, é de ficar com os olhos colados na tela, a observar os pormenores, que apesar de nem estarem todos documentados, acredito serem o mais fiéis possível, tendo em consideração o que se conhece da sociedade da altura.
Colin Farrell, o actor que protagoniza o grande herói
É conhecido, pelos relatos históricos, que aos grandes heróis eram atribuídos grandes feitos e muito se conhece sobre a vida dos mesmos. Mesmo os heróis de fantasia. Recordo Aquiles, que muito é falado no filme. Aquiles e o seu famoso calcanhar, a única parte do seu corpo vulnerável. Aquiles é conhecido também pelo seu amor a Pátroclo. E foi por ele que morreu em Tróia.
A educação de Aquiles, por James Barry
Alexandre não foi diferente de um dos seus grandes heróis. É conhecido o seu amor por Heféstion e por ele morreu também. Talvez este desfecho seja a fantasia que o personagem desejou, porque o mais certo é ter sido envenenado por um dos seus pares, em busca de glória e poder, que só Alexandre tinha.
Cartaz cinematográfico (2004)
O filme em sim é bastante interessante e como já disse, cola os olhos à tela. É claro que se nota a realização tipicamente americana. Talvez por serem os mais avançados nas técnicas ou simplesmente por assim o quererem. Os filmes americanos são maioritariamente realizados como se fosse o espírito americano sempre o herói principal. No meio de todas as adversidades há sempre uma réstia de esperança.
Uma nota final para a interpretação de Sir Anthony Hopkins. Que há a dizer? Qualquer filme com este grande senhor já ganha só pela sua presença.
Anthony Hopkins no papel de Ptolomeu
Arte na Grécia antiga
4 comentários:
Também gosto de filmes épicos, à parte da fantasia permitem-me sempre relembrar alguns aspectos da História. Desse filme em particular, tanto quanto me lembro não é explícito o amor de Alexandre por Heféstion? Ou estou a confundir com algum filme pornográfico?
Filme pornográfico? Com tais actores? Infelizmente para muitos poderás estar errado. looooooooool
O amor nem sempre tem que ser explícito. Os filmes também nos têm que fazer puxar pelos neurónios.
Eu adoro filmes históricos, e a personagem de Alexandre sempre me foi muito sedutora.
Mas este filme foi algo decepcionante para mim, pois não correspondeu às minhas expectativas.
Apesar de muito datado continuo a preferir a velhinha versão com o Richard Burton.
Acredito em ti João.
Um dia destes vou em busca do antigo.
Postar um comentário