Às vezes fico à espera que algo de bom aconteça. Às vezes sento-me e olho para trás, tentando perceber o que de mal fiz para que possa recomeçar. Às vezes deixo-me estar inerte, como se nessa posição a vida passasse de uma forma mais descontraída.
Reconheço que nos últimos tempos o meu comportamento não tem sido o mais exemplar. Fiz com que algumas pessoas, aquelas que sempre admirei e por quem nutro igual sentimento ainda, se afastassem de mim. Criei fronteiras que pensava já não ser capaz de erguer. Armei-me em inteligente, como se realmente o fosse.
Quem ficou a perder fui eu e unicamente eu. Sinto-me cada vez mais longe, como se alguma vez eu me tenha sentido realmente perto.
Comigo apenas a saudade de outros tempos. Comigo unicamente aquele velho sentimento que sempre quis afastar. Mereço-o afinal.
Ercília Costa, "A santa do fado" - Fado do passado
2 comentários:
Amanhã é um novo dia, vai à luta dessas amizades :)
Quem me dera que fosse assim tão fácil caro Francisco... quem me dera.
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