Ao que parece o país em que vivo, este pequeno rectângulo à beira mar plantado, está de pernas para o ar. Os escândalos fazem fila indiana, como que a quererem ser notícia de capa de jornal ou abertura de noticiário televisivo em horário nobre. Verdadeiro parece ser o facto de o tema base para tudo estar já tão gasto. Infelizmente não podemos viver sem aquela bicha solitária que no final das contas de solitária nada parece ser.
A conclusão final é que é a mais desconcertante: continuemos ao som dos passos do coelho ou com aquele antónio que dê à costa, a verdade é que será apenas mais do mesmo. E não existe porta mágica que nos salve, pois o povo já não presta cavaco a soluções milagrosas.
Não existem ruborizados avôs suficientes nem sequer blocos experientes que construam um país melhor. Os cérebros ou estão enjaulados ou fogem como o Diabo à cruz, dando realmente a entender que afinal a massa cinzenta que devia encher aquelas cavidades cranianas não passa de massa da verde, que trama o pobre mas que arreganha os dentes aos afortunados.
Valha-nos o calor que se entremeia com o vento e laivos de frio. Porque o calor aquece o corpo, enche as esplanadas de ávidos sedentos de água de cevada gaseificada e de chupadores de lesmas com casa, porém potencia o efeito contrário que é o de provocar o esquecimento, cobrindo com um véu as decisões futuras e os escândalos mais dispendiosos, já que os outros são alimentados pelo mesmo calor e escarrapachados nas revistas em que qualquer tuga que se preze, lá investe os parcos euros que ainda sobram.
Passe a onda de calor e volte-se à contestação, pois o futuro a Deus pertence e o que é de Deus nem sempre está ao alcance de qualquer um.
6 comentários:
Qualquer dia, até a Eritreia é mais desenvolvida que nós
lolololololololololol
Ribatejano!
fantástico, mas está absolutamente bem escrito. posso roubar, com os devidos créditos?
Francisco
Não sejas mauzinho, existe sempre um pouco de esperança.
Margarida
Podes roubar à vontade, espero é que depois não te arrependas. rsrsrs
Concordo com a Margarida; está um excelente texto!
João Roque
Às vezes calha.
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