Mal entrei em casa atirei-me para o sofá. O dia foi mais complicado do que previra quando acordei na manhã daquele dia. Só me apetecia fechar os olhos, entregar-me à sonolência. No entanto percebi que algo estava errado. Silêncio completo. Um silêncio arrepiante, como se eu estivesse num castelo abandonado e não num apartamento. Olhei em volta e notei que haviam rosas espalhadas pelas prateleiras dos livros, penduradas nos quadros e junto à porta do corredor um montinho de pétalas de diversas cores. Levantei-me e segui o colorido e a fragrância que emanava do chão. Aquele carreirinho levou-me à casa de banho, onde uma banheira com água quente e alguma espuma esperava por mim. Não me fiz rogado, despi-me e entrei naquele banho quase celestial. A espuma tinha o cheiro que eu tanto gosto. Junto à banheira um copo de vinho tinto. Foi então que apareceste e com um sorriso nos lábios entraste na água e sentaste-te junto a mim. Senti a tua pele, o suave toque dos teus lábios roçando os meus. Ficámos ali, em completo silêncio só interrompido por ténues chapinhares, esperando que a água arrefecesse e que tivéssemos que partir para outros prazenteiros momentos.
8 comentários:
:D Que agradável surpresa. Quando comecei a ler pensei que ia ser algo mais sombrio. Muy bién
De certo modo é sombrio, foi escrito de noite.
:D
:D
Gostei
"Outros prazenteiros momentos"...
isto requer desenvolvimento pormenorizado...
Ainda bem Francisco, já que foste em parte o "culpado" por ter inventado este texto.
João
Podes continuá-lo. Às vezes também gosto de despertar os sentidos dos outros.
ainda espero ter um momento assim algum dia da minha vida :)
Aaron
Sonhar é viver. Viver é amar. Amar é sonhar...
lol
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