Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Decisões
"E havendo Deus acabado a obra que fizera, descansou no sétimo dia."
Génesis 2:2
E também eu descanso de uma semana muito literária.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Memórias
Todos os fins-de-semana volto "à terra". É uma parvónia idêntica àquela em que vivo durante a semana, mas a família está aqui e as saudades têm que ser suprimidas desta forma.
Pequenos gestos do dia-a-dia fazem-me lembras algumas coisas boas de viver no campo. Abrir a porta do frigorífico e tirar o pacote de leite e beber é uma delas. Como cresci na aldeia, a certa altura da minha meninice, ía quase todos os dias buscar leite a casa de uma vizinha que vendia "para fora". Adorava vê-la a ordenhar a vaca, a coar o leite por um ou dois panos para tirar as impurezas, passá-lo para a leiteira que levava comigo. Durante o caminho, aproveitava para beber um bocado daquele saboroso líquido, ainda quente, acabado de sair das tetas da vaca. Uma delícia.
Era o tempo em que alimento algum me fazia mal à barriga. Hoje não me vejo a beber leite gordo, acho que jamais serei capaz de voltar a fazê-lo. Bebo leite magro, sempre da mesma marca, comprado sempre na mesma cadeia de supermercados.
Recordo ainda que nessa minha meninice, a minha mãe comprava queijo de cabra fresco. Mais um paladar que fica na minha memória. Apesar de não gostar de leite de cabra, adoro o queijo feito com esse leite. Tanto em fresco como já seco. Amanteigado também se come bem (um gosto adquirido com o passar dos anos).
Hoje só encontro queijo fresco nos supermercados, pois praticamente já não há produção caseira. Devido às normas sanitárias e de higiene, esse bom alimento só é fabricado em locais asseados e autorizados por uma panóplia de autoridades locais e/ou nacionais.
Quantos nas grandes cidades nunca tiveram o prazer de sentir o cheiro da terra. Apanhar as batatas semeadas semanas antes. Colher frutas directamente das árvores. As alfaces e hortaliças nos canteiros das flores, entre roseiras e sardinheiras. Tomate preso nas canas, tal como o feijão verde. As favas que precisam de ser descascadas, tal como as ervilhas e o feijão maduro ou seco.
São as pequenas coisas que vivi na minha infância, na parvónia, que me definem verdadeiramente. Memórias... apenas memórias.
Pequenos gestos do dia-a-dia fazem-me lembras algumas coisas boas de viver no campo. Abrir a porta do frigorífico e tirar o pacote de leite e beber é uma delas. Como cresci na aldeia, a certa altura da minha meninice, ía quase todos os dias buscar leite a casa de uma vizinha que vendia "para fora". Adorava vê-la a ordenhar a vaca, a coar o leite por um ou dois panos para tirar as impurezas, passá-lo para a leiteira que levava comigo. Durante o caminho, aproveitava para beber um bocado daquele saboroso líquido, ainda quente, acabado de sair das tetas da vaca. Uma delícia.
Era o tempo em que alimento algum me fazia mal à barriga. Hoje não me vejo a beber leite gordo, acho que jamais serei capaz de voltar a fazê-lo. Bebo leite magro, sempre da mesma marca, comprado sempre na mesma cadeia de supermercados.
Recordo ainda que nessa minha meninice, a minha mãe comprava queijo de cabra fresco. Mais um paladar que fica na minha memória. Apesar de não gostar de leite de cabra, adoro o queijo feito com esse leite. Tanto em fresco como já seco. Amanteigado também se come bem (um gosto adquirido com o passar dos anos).
Hoje só encontro queijo fresco nos supermercados, pois praticamente já não há produção caseira. Devido às normas sanitárias e de higiene, esse bom alimento só é fabricado em locais asseados e autorizados por uma panóplia de autoridades locais e/ou nacionais.
Quantos nas grandes cidades nunca tiveram o prazer de sentir o cheiro da terra. Apanhar as batatas semeadas semanas antes. Colher frutas directamente das árvores. As alfaces e hortaliças nos canteiros das flores, entre roseiras e sardinheiras. Tomate preso nas canas, tal como o feijão verde. As favas que precisam de ser descascadas, tal como as ervilhas e o feijão maduro ou seco.
São as pequenas coisas que vivi na minha infância, na parvónia, que me definem verdadeiramente. Memórias... apenas memórias.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Experiências na vida
Antes dois recados.
1 - Para quem se queixou que eu publico pouco por aqui, aviso já que esta semana até se vão fartar de ler.
2 - Este blogue não é uma biblioteca de receitas culinárias esquisitas, mas sim de experiências culinárias esquisitas.
Agora a segunda publicação do dia.
Ao contrário do que podem pensar, viver sozinho tem as suas virtudes. É claro que as minhas experiências culinárias (mesmo as esquisitas) é uma das maiores e que desde já anuncio (como se fosse preciso).
Certo dia visionava um programa na televisão sobre as leguminosas da família das fabácias - os grãos. Vocês sabiam que uma das leguminosas mais consumidas no mundo é o grão (vulgarmente o mais conhecido é o grão de bico)? E num dos locais onde é consumido, é base para um prato culinário denominado homus (sei que parece com um termo da biologia, que constava nos programas da escola no meu tempo).
Na verdade é um prato com grão e outros ingredientes, nomeadamente sumo de limão, alho (cá está um dos meus temperos favoritos), coentros frescos, pasta de sésamo, azeite, sal fino e pimenta moída. Trata-se de uma pasta do tipo paté.
Como moro na parvónia, tive que me deslocar à parvónia vizinha, para tentar encontrar alguns dos ingredientes, principalmente a pasta de sésamo. Invariavelmente não encontrei, nem sequer a totalidade dos ingredientes necessários para fazer a pasta (é claro que quando fui à procura da receita do homus, aproveitei para procurar a da pasta também).
Improvisei assim e fabriquei a pasta com outro óleo, que não o óleo de sésamo (se fosse de palma, teria sorte).
Ingredientes para dentro do liquidificador e triturei tudo. Neste momento está a refrescar no frigorífico, pois é essa a ideia. Provavelmente será uma boa receita para o Verão, mas mesmo assim experimentei hoje.
Quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da quaresma... e eu esqueci que não é dia de comer carne. É dia de jejum, para quem respeita a tradição católica, tal como eu tento cumprir. Pronto, comecei logo com um pecado, mas vou a partir de hoje, tentar cumprir a velha tradição. Pois são as tradições que definem uma nação.
1 - Para quem se queixou que eu publico pouco por aqui, aviso já que esta semana até se vão fartar de ler.
2 - Este blogue não é uma biblioteca de receitas culinárias esquisitas, mas sim de experiências culinárias esquisitas.
Agora a segunda publicação do dia.
Ao contrário do que podem pensar, viver sozinho tem as suas virtudes. É claro que as minhas experiências culinárias (mesmo as esquisitas) é uma das maiores e que desde já anuncio (como se fosse preciso).
Certo dia visionava um programa na televisão sobre as leguminosas da família das fabácias - os grãos. Vocês sabiam que uma das leguminosas mais consumidas no mundo é o grão (vulgarmente o mais conhecido é o grão de bico)? E num dos locais onde é consumido, é base para um prato culinário denominado homus (sei que parece com um termo da biologia, que constava nos programas da escola no meu tempo).
Na verdade é um prato com grão e outros ingredientes, nomeadamente sumo de limão, alho (cá está um dos meus temperos favoritos), coentros frescos, pasta de sésamo, azeite, sal fino e pimenta moída. Trata-se de uma pasta do tipo paté.
Como moro na parvónia, tive que me deslocar à parvónia vizinha, para tentar encontrar alguns dos ingredientes, principalmente a pasta de sésamo. Invariavelmente não encontrei, nem sequer a totalidade dos ingredientes necessários para fazer a pasta (é claro que quando fui à procura da receita do homus, aproveitei para procurar a da pasta também).
Improvisei assim e fabriquei a pasta com outro óleo, que não o óleo de sésamo (se fosse de palma, teria sorte).
Ingredientes para dentro do liquidificador e triturei tudo. Neste momento está a refrescar no frigorífico, pois é essa a ideia. Provavelmente será uma boa receita para o Verão, mas mesmo assim experimentei hoje.
Quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da quaresma... e eu esqueci que não é dia de comer carne. É dia de jejum, para quem respeita a tradição católica, tal como eu tento cumprir. Pronto, comecei logo com um pecado, mas vou a partir de hoje, tentar cumprir a velha tradição. Pois são as tradições que definem uma nação.
Projectos inacabados: Escritos
Felicidade saíra daquele lar à bastante tempo. Lar... chamar de lar àquela edificação seria possivelmente errado. Nunca se pôde considerar um verdadeiro lar. O calor não morava naquele espaço fechado. Nem sequer o sol jamais conseguiu aquecer o ar que era respirado. Tristeza instalara-se em definitivo. Tudo parecia ter perdido a razão de existir. As flores não emanavam qualquer odor. Os móveis perdiam a cor, o brilho. As portas emperravam e as janelas custavam a abrir.
Teria que ser feito alguma coisa o mais rápido possível. Havia necessidade de salvar o pouco que existia ou cairia em total esquecimento. Não bastava uma limpeza, uma nova pintura. Era preciso ar fresco, ar novo e quem lá ainda morava, perdia as forças a cada dia que passava.
Cada passo dado pela rua só faziam o tempo passar. O dia a dia era apenas ocupado com as presas da vida moderna. Já nem o emprego era suficientemente satisfatório. Era apenas mais uma rotina, com problemas resolvidos quantas vezes sem conta, sempre da mesma maneira. os colegas eram sombra. Simples "bom dia" e "até amanhã" eram balbuciados. Todos desconhecidos. Todas vidas modernas.
Ao fim de cada dia, o mesmo percurso de volta. Os mesmos lugares estáticos, com vidas próprias, só aproveitadas por alguns. No rádio do carro, as músicas usuais, os cantores usuais, as notícias curriqueiras. E a entrada da casa, sempre igual... seca.
(um dia acabo)
----------------------------------------------------------------
São 6:45H. Estou a ouvir:
Teria que ser feito alguma coisa o mais rápido possível. Havia necessidade de salvar o pouco que existia ou cairia em total esquecimento. Não bastava uma limpeza, uma nova pintura. Era preciso ar fresco, ar novo e quem lá ainda morava, perdia as forças a cada dia que passava.
Cada passo dado pela rua só faziam o tempo passar. O dia a dia era apenas ocupado com as presas da vida moderna. Já nem o emprego era suficientemente satisfatório. Era apenas mais uma rotina, com problemas resolvidos quantas vezes sem conta, sempre da mesma maneira. os colegas eram sombra. Simples "bom dia" e "até amanhã" eram balbuciados. Todos desconhecidos. Todas vidas modernas.
Ao fim de cada dia, o mesmo percurso de volta. Os mesmos lugares estáticos, com vidas próprias, só aproveitadas por alguns. No rádio do carro, as músicas usuais, os cantores usuais, as notícias curriqueiras. E a entrada da casa, sempre igual... seca.
(um dia acabo)
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São 6:45H. Estou a ouvir:
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Apenas mais um dia
Gosto de alho... nos meus refogados. Talvez seja essa a verdadeira razão para... afasto as pessoas. E ultimamente adiciono também um pouco de alho francês cortado em meias luas. Dá um sabor especial aos cozinhados.
Não pode faltar um bom azeite... e um pouco de margarina. Escorrega melhor... a colher de pau na frigideira.
Quando o alho está mais tostadinho junto as folhas de espinafre, devidamente lavadas... e escorridas. Deixo cozer em lume brando... é sempre bom fazer com calma. Dizem que espinafre dá força... também. Junto um pouco de picante... provoca um calor especial.
Adiciono uma lata de conserva... deixo aquecer um pouco.
Acompanha uma boa caneca de cevada... e umas fatias de um pão... não falta por cá... às vezes.
Daqui a pouco cama...
Não pode faltar um bom azeite... e um pouco de margarina. Escorrega melhor... a colher de pau na frigideira.
Quando o alho está mais tostadinho junto as folhas de espinafre, devidamente lavadas... e escorridas. Deixo cozer em lume brando... é sempre bom fazer com calma. Dizem que espinafre dá força... também. Junto um pouco de picante... provoca um calor especial.
Adiciono uma lata de conserva... deixo aquecer um pouco.
Acompanha uma boa caneca de cevada... e umas fatias de um pão... não falta por cá... às vezes.
Daqui a pouco cama...
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Que faz...
... um homem NU* às 3 horas da madrugada?
De volta do pão, marmelada e leite.
*NU=AGORA EM SUECO
De volta do pão, marmelada e leite.
*NU=AGORA EM SUECO
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Amanhã
Para mim será mais um banal dia de trabalho. Será mais um dia que começará com um frio de rachar, em que o meu carro custará a pegar. Amanhã andarei normalmente pela rua a cumprir as minhas funções profissionais. Almoçarei como habitualmente no mesmo restaurante com os colegas. Sairei à tarde com o sol talvez ainda quente e virei para casa, onde o meu companheiro de quatro patas me espera. Alguns pensarão que será um dia triste para mim. Eu pensarei que será apenas mais um dia da minha vida.
Amanhã andará a estupidez no ar. Comemora-se o dia de um santo que a maioria das pessoas não sabe sequer quem foi. E para se lembrarem, transformaram um dia santo em um dia especial para muita gente. Ainda não percebi onde está a especialidade. Afinal todos os dias não são bons para amar?! As pessoas só se lembram dos companheiros a cada dia 14 de Fevereiro?! Nos restantes dias andam de mãos dadas pelas ruas e beijam-se porquê? Porque é um costume?
Não entendo certas comemorações. Só há um dia de Natal. Só há um domingo de Páscoa. Só há um dia 1 de Janeiro. Só se comemora a implantação da república portuguesa uma ver durante o ano (este ano será comemorada noutro dia). Afinal por que raios é que as pessoas só se lembram do dia dos namorados uma vez por ano? E nos outros são o quê?
Vivo 365 dias a cada ano (este ano viverei mais um) a pensar que poderia ter alguém a meu lado. Em cada um desses dias penso no que vivi e no que poderia ter vivido. Penso que poderia partilhar as minhas aventuras diárias com alguém que me compreendesse e que o fizesse também comigo. Não penso em mim num único dia do ano, pois se o fizesse, passaria a ser uma máquina que precisa de manutenção anual em vez de ser uma pessoa.
Abaixo os dias disto, os dias daquilo, os dias internacionais, intercontinentais e tudo o mais. Lembre-mo-nos de cada um de nós todos os dias. Partilhemos com o próximo as nossas ânsias, necessidades, desesperos, alegrias. Troquemos momentos de felicidade por companhia sincera. E talvez assim nos lembremos que estamos vivos.
Amanhã andará a estupidez no ar. Comemora-se o dia de um santo que a maioria das pessoas não sabe sequer quem foi. E para se lembrarem, transformaram um dia santo em um dia especial para muita gente. Ainda não percebi onde está a especialidade. Afinal todos os dias não são bons para amar?! As pessoas só se lembram dos companheiros a cada dia 14 de Fevereiro?! Nos restantes dias andam de mãos dadas pelas ruas e beijam-se porquê? Porque é um costume?
Não entendo certas comemorações. Só há um dia de Natal. Só há um domingo de Páscoa. Só há um dia 1 de Janeiro. Só se comemora a implantação da república portuguesa uma ver durante o ano (este ano será comemorada noutro dia). Afinal por que raios é que as pessoas só se lembram do dia dos namorados uma vez por ano? E nos outros são o quê?
Vivo 365 dias a cada ano (este ano viverei mais um) a pensar que poderia ter alguém a meu lado. Em cada um desses dias penso no que vivi e no que poderia ter vivido. Penso que poderia partilhar as minhas aventuras diárias com alguém que me compreendesse e que o fizesse também comigo. Não penso em mim num único dia do ano, pois se o fizesse, passaria a ser uma máquina que precisa de manutenção anual em vez de ser uma pessoa.
Abaixo os dias disto, os dias daquilo, os dias internacionais, intercontinentais e tudo o mais. Lembre-mo-nos de cada um de nós todos os dias. Partilhemos com o próximo as nossas ânsias, necessidades, desesperos, alegrias. Troquemos momentos de felicidade por companhia sincera. E talvez assim nos lembremos que estamos vivos.
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sábado, 11 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Da anterior mensagem
Andei a ouvir mais algumas músicas da Roberta Campos e sinceramente não encontrei mais nenhuma interessante.
Cesinha, por isso gosto de Michel Teló... tem maior quantidade de músicas boas.
Mas estou a ouvir Nando Reis e estou a gostar. E esta hein?!
Cesinha, por isso gosto de Michel Teló... tem maior quantidade de músicas boas.
Mas estou a ouvir Nando Reis e estou a gostar. E esta hein?!
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
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