Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Nostalgia

Após ter voltado a este espaço que, apesar de ser meu, também o é de alguma forma de quem tem o azar de por cá passar, levou-me a remexer em algumas memórias, tanto do meu disco quase rígido interno e que aos poucos se vai deteriorando, mas também do que escrevi desde há 13 anos, duração deste blogue.

Veio-me logo à memória parte do refrão da música "Velhos amigos" do cantor António Sala:


Onde estão os meus velhos amigos, 

Onde estão? O que é feito de vós? 

Onde estão os meus velhos amigos,

Tanto tempo passou entre nós.


Poucos são os blogues que se mantêm no ativo. A maioria, tal como o meu até ao dia de ontem, pararam no tempo e não mais tiveram a sorte de ser devidamente atualizados. Não que não continuem a ser visitados; a verdade é que os autores seguiram em frente, talvez esquecendo da maravilha que um dia foi criada e alimentada e que num ápice passou a ser apenas memória.

Pensando bem os bloques foram apenas mais uma moda ou mania da época. O mesmo aconteceu com muitas redes sociais. O mundo anda agora muito mais depressa e os recursos são muito maiores. É mais fácil partilhar conteúdos que outros criaram que perder tempo a criar novos. Entendo perfeitamente, a vida anda mais depressa, vive-se muito mais rápido e o passado é apenas história.

Termino esta reflexão com uma música obtida através do perfil de um leitor deste espaço. Mal traduzido será "a coisa triste", talvez com a esperança de deixar a tristeza fora deste espaço.



Miguel

 12 de julho de 2024


Quase esqueci que esta foi durante muitos anos a casa onde melhor me expressei. Deixei de cá passar em janeiro de 2020, antes daquele que foi mais um marco na história mundial - "a pandemia".


Voltei porque acordei a pensar no Miguel, quem em "um voo cego a nada" partiu há cinco anos. Tive a honra de conhecer o Miguel. Hoje penso que deveria ter dado mais de mim ao Miguel, por que se houve pessoa que realmente merecesse foi ele.


Sempre digo que as pessoas deixam realmente de existir no dia em que são esquecidas, mas enquanto eu for dono de todas as minhas faculdades mentais jamais o esquecerei.