Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Coisas...
Podes pensar que sou infeliz
Por viver nesta solidão:
Mas vivo a vida que eu quis
Apesar de ser um só coração.
XII/2000
Início de século. Um jovem estudante de Coimbra, ansioso por terminar os estudos e finalmente deixar de ser um encargo para a sua mãe, ser dono de suas próprias coisas e da vida.
Pegando na pena, escrevo
Linhas de presente e passado
Por vezes até tenho medo
Por escrever sem ser amado
VII/1996
O ano em que o rapaz completou 18 anos, a maioridade. O já poder ter um carão de débito, votar, acabar os estudos que dariam equivalência àquela que hoje é a escolaridade obrigatória. A diferença é que já sabia o que queria ser no futuro. Estudar no ensino superior e tornar-se assim no primeiro diplomado da família.
Eu penso no que tu pensas
Diz-me o que estás a pensar
Diz-me e não me mintas
Pois não consegues me enganar
XII/1997
As primeiras férias de Natal. Um semestre já passou e a seguir os primeiros exames da carreira académica naquela cidade distante. A cidade dos amores, como escreveram tantos poetas. Para o rapaz apenas uma cidade, um mundo novo.
Gostaria de saber
Quem sou eu, quem sou
Mas não sei o que fazer
Nem porque é que aqui estou
V/1998
Mais um ano ano a juntar aos 19 anteriores. Cresceu o rapaz, aprofundou os seus conhecimentos, cimentou amizades, daquelas que seriam laços para uma vida.
De todo negro é vestido
De Coimbra, o estudante
É a cor de que me sirvo
Para ser doutor e amante
VIII/1998
As tradições de uma cidade antiga transpiram de cada um dos velhos edifícios, das ruas onde cambaleantes vultos gozam dos prazeres daquelas noites regadas de várias cores. As luzes dos candeeiros fazem companhia e as sombras contam histórias que serão sempre lembradas.
Perdoa-me...
Há vários dias que não penso em ti,
Que não olho cá para dentro
E vejo essa tua imagem.
XI/1997
Há muito que percebera que a fronteira tinha sido de uma vez por todas totalmente erguida. Olhar para trás seria apenas para relembrar o início de algo que possivelmente não teria um fim desejável. Restaram as palavras, os versos escritos nos cadernos da escola e agrupados em livros que jamais seria publicados.
Disse-te que tinha deixado
De poesia escrever
Fizeste uma cara
Que não consegui esquecer
Sou tolo é verdade
Penso aqui para mim
Mas não passa da idade
Que me faz ser assim
Não sei se sou cantor
Não conheço a minha meta
Escrevo a meu amor
E não sei se sou poeta
Sopra o vento na falésia
Corre a água pelo rio fora
Não sei quem sou, tenho amnésia
Nem sei onde minha alma mora
Os anos foram passando e os momentos foram ficando para trás, substituídos por outros prazeres, coisas de adulto dirão alguns. Outros dirão apenas que é um vulgar evoluir da vida, como se isto se chamasse de vida. Como se viver fosse tão fácil como escrever.
Por viver nesta solidão:
Mas vivo a vida que eu quis
Apesar de ser um só coração.
XII/2000
Início de século. Um jovem estudante de Coimbra, ansioso por terminar os estudos e finalmente deixar de ser um encargo para a sua mãe, ser dono de suas próprias coisas e da vida.
Pegando na pena, escrevo
Linhas de presente e passado
Por vezes até tenho medo
Por escrever sem ser amado
VII/1996
O ano em que o rapaz completou 18 anos, a maioridade. O já poder ter um carão de débito, votar, acabar os estudos que dariam equivalência àquela que hoje é a escolaridade obrigatória. A diferença é que já sabia o que queria ser no futuro. Estudar no ensino superior e tornar-se assim no primeiro diplomado da família.
Eu penso no que tu pensas
Diz-me o que estás a pensar
Diz-me e não me mintas
Pois não consegues me enganar
XII/1997
As primeiras férias de Natal. Um semestre já passou e a seguir os primeiros exames da carreira académica naquela cidade distante. A cidade dos amores, como escreveram tantos poetas. Para o rapaz apenas uma cidade, um mundo novo.
Gostaria de saber
Quem sou eu, quem sou
Mas não sei o que fazer
Nem porque é que aqui estou
V/1998
Mais um ano ano a juntar aos 19 anteriores. Cresceu o rapaz, aprofundou os seus conhecimentos, cimentou amizades, daquelas que seriam laços para uma vida.
De todo negro é vestido
De Coimbra, o estudante
É a cor de que me sirvo
Para ser doutor e amante
VIII/1998
As tradições de uma cidade antiga transpiram de cada um dos velhos edifícios, das ruas onde cambaleantes vultos gozam dos prazeres daquelas noites regadas de várias cores. As luzes dos candeeiros fazem companhia e as sombras contam histórias que serão sempre lembradas.
Perdoa-me...
Há vários dias que não penso em ti,
Que não olho cá para dentro
E vejo essa tua imagem.
XI/1997
Há muito que percebera que a fronteira tinha sido de uma vez por todas totalmente erguida. Olhar para trás seria apenas para relembrar o início de algo que possivelmente não teria um fim desejável. Restaram as palavras, os versos escritos nos cadernos da escola e agrupados em livros que jamais seria publicados.
Disse-te que tinha deixado
De poesia escrever
Fizeste uma cara
Que não consegui esquecer
Sou tolo é verdade
Penso aqui para mim
Mas não passa da idade
Que me faz ser assim
Não sei se sou cantor
Não conheço a minha meta
Escrevo a meu amor
E não sei se sou poeta
Sopra o vento na falésia
Corre a água pelo rio fora
Não sei quem sou, tenho amnésia
Nem sei onde minha alma mora
Os anos foram passando e os momentos foram ficando para trás, substituídos por outros prazeres, coisas de adulto dirão alguns. Outros dirão apenas que é um vulgar evoluir da vida, como se isto se chamasse de vida. Como se viver fosse tão fácil como escrever.
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Nostalgia
Por causa da notícia da morte de Michel Galabru, fui em busca dos filmes com o Louis de Funès, Os Gendarmes de Saint-Tropez. Pena que as nossas estações de televisão tenham esquecido esses bons filmes...
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