Este blogue tem conteúdo adulto. Quem quiser continuar é risco próprio; quem não quiser ler as parvoíces que aqui estão patentes, só tem uma solução.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Agradecimento

Agradeço a quem me enviou o contacto dos


mas não tenho


Já um homem não pode escrever sobre vinho. Tenho alguns vícios, mas o alcoolismo não é seguramente um deles.


PS: Escrevo ficção e ninguém comenta, escrevo sobre pinga e é o que se vê. lol




terça-feira, 29 de outubro de 2013

Vinho

Não sou grande especialista em bebidas alcoólicas. Bebo aquilo que me sabe bem e pronto.

Decidi que até aos 18 anos a bebida estaria afastada dos meus lábios. Sempre me considerei inteligente nesse aspecto, talvez até mais responsável. Com o virar para a idade adulta legal (que ainda não sei bem se já atingi a idade adulta real) a coisa "cantou de outro modo". Não sou tipo de andar constantemente alcoolizado mas também não sou rapaz para desconhecer o que anda por aí disponível.



Gosto de bebidas doces, que aqui na zona se diz "bebidas de gaja". As mais amargas deixo-as para as pessoas importantes. bebidas destiladas estão normalmente fora do meu cardápio, salvo raras excepções com alto teor de álcool.

Sou apreciador de bebidas frescas. É impensável beber uma cerveja à temperatura ambiente, excepto cerveja preta, que sabe tão bem fresca como quase quente (à moda inglesa). Gosto de vinho branco, verde branco, rosé, estupidamente frescos claro. E adquiri nos últimos 3 a 4 anos o hábito de degustar vinho tinto.



É claro que não sou grande entendedor em matéria de vinhos, bebo o que me sabe bem (lá estou eu na repetição), mas julgo já saber algumas coisinhas que antes ignorava completamente. Tinto deve-se beber sempre à temperatura ambiente ou quando fresco, não menos de 2 a 3 graus de diferença à temperatura natural. Um copo grande e de boca estreita é sempre melhor, para se desfrutar do aroma do líquido. Garrafas devem ser abertas com alguma antecedência para deixar o vinho respirar.

Em matéria de regiões vinícolas sou muito apreciador do Alentejo, Ribatejo e Estremadura, reservando o Douro para o famoso vinho do Porto, mais doce e alcoólico, para ser apreciado fora das refeições. Porém não deixo de fora qualquer região portuguesa, pois considero que este velho rectângulo luso é ainda um dos melhores produtores desse néctar dos deuses (somos todos deuses cá na terra, desde que saibamos apreciar o néctar).



PS: Nas próximas publicações voltarei à ficção, já me estão a exigir que deixe de falar de mim. (eu sei, sou muito aborrecido né?)


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Memórias musicais

Já devo ter escrito no blogue que em assuntos musicais sou completamente eclético. Não olho a estilos de música, salvo uma ou duas excepções, pois desde que me entre no ouvido e custe ou nunca mais saia, já é o que interessa. Desde música clássica, rock, pop, por vezes jazz, folclore nacional e internacional, sertanejo, samba, ectecectera.

A moda das rádios temáticas em Portugal leva-me a escolher meia dúzia de postos que se revelam de muito interesse musical. É o caso da M80 (músicas dos anos 70, 80 e 90), STAR FM (música da mesma época e concorrente da anterior), Rádio Cister (rádio regional de Alcobaça) e Rádio SIM (pertencente ao grupo Renascença).

Penso que foi na semana passada que ao viajar de carro fiz uma busca pelas rádios disponíveis e deparei-me com uma das mais belas músicas que conheço, transmitida pela rádio SIM e que me traz muitas recordações do final dos anos 80 e anos 90. Refiro-me ao fado "Olha a mala" tão bem entoada pela fadista Celeste Rodrigues, de quem eu acho que é dona de tão melodiosa voz. Não teve o sucesso da sua irmã Amália, mas apesar de ter beneficiado dos laços fraternais (a meu ver, claro) não lhe fica muito atrás.

"Olha a mala" era o tema que acompanhava um dos mais antigos concursos de rádio, o "Jogo da mala", da Rádio Renascença. O país quase parava no naquele posto radiofónico. Cada ouvinte vivia com a esperança de ser o feliz contemplado de uma milagrosa chamada, bastando para ganhar dizer a quantia certa e a frase, normalmente publicitária.

Deixo aqui um registo da música em questão. Infelizmente não encontrei no youtube a versão original da Celeste Rodrigues, mas sim esta gravação de um programa televisivo recente (4 anos ainda é recente cá para o je).

Espero ter avivado algumas memórias, pelo menos daqueles que são meus contemporâneos, referindo-me à época em questão.


E já agora deixo esta pérola recente. Um fado a duas vozes femininas.





domingo, 27 de outubro de 2013

Aborrecido

Ter um blogue e não saber o que escrever é algo que me aborrece. Não por falta de ideias, talvez por serem tantas não consiga escolher uma só. Faz-me falta uma boa diarreia literária, uma expulsão de palavras que estão presas dentro deste meu corpo. Tento esforçar e nada de bom sai, nada de interessante.

O fim-de-semana correu bem. Consegui fazer uns biscates na minha casa de origem. Uns consertos necessários que urgiam ser realizados. Aproveitei o bom tempo e aproveitei bem. Este domingo mais alguma coisa foi feita. Acima de tudo houve tempo para uma caminhada com a cadela ribatejana. A bicha passa uma semana toda a desejar que eu volte a casa e que saia com ela. Tal já não acontecia há duas semanas.

Aproveito as caminhadas não só para cuidar da saúde, ou pelo menos tentar, mas também para pensar sobre a vida, conversar comigo próprio. Já diz o Mark que "somos os nossos melhores conselheiros". Concordo em parte com ele, já que por vezes, demais ultimamente, me auto aconselho mal. Chego mesmo a brigar comigo próprio, felizmente as reconciliações são sempre muito saborosas.

Invento novas histórias, entremeadas com as brincadeiras de uma cadela cheia de energia, que salta e corre e se atira a mim, muitas vezes com alguma brutidade. No final acabamos cansados mas satisfeitos. As histórias que invento não chegam a passar para o papel, sendo eu o único a conhecê-las. É o meu momento egoísta.

As minhas histórias nem sempre têm finais felizes, muito parecidas são com a vida. Às vezes volto atrás e refaço-as, umas vezes resulta, outras não. Mais uma vez tudo a ver com a vida, só que nem sempre posso voltar atrás e remediar, pois por vezes remediar acaba sempre por ter um pior resultado. Mais vale ir em frente e aceitar as consequências. É isso que me faz crescer. Já diz a velha frase, quem não erra não vive realmente porque não aprende com os erros. (inventado por mim)

Afinal já escrevi alguma coisita, sinal que a fase de aborrecimento está a passar. Na verdade tive uma ajudita via facebook. Obrigado Miguel.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Impulso

Já estava preparado para me deitar quando me deu uma vontade súbita de escrever. Voltei a apagar o candeeiro da mesinha de cabeceira, dirigi-me à sala e liguei o computador. Aproveitei para ir à gaveta dos talheres, na cozinha, para buscar dois quadrados de chocolate com setenta porcento de cacau e grânulos de casca de laranja. Tenho abusado do chocolate mas não havendo outras emoções, lá me vou desenrascando com o alimento do pecado.

Estive a ver um filme francês. "Le temps qui reste". Em tempos baixei-o da internet mas no domingo encontrei o DVD a um preço incrível e não resisti. Não vou descrever a história pois não sou crítico de cinema. Posso apenas dizer que se trata de um argumento difícil. Voltarei a vê-lo, apesar de cinema francês não estar nas minhas preferências. Exceptuo apenas Louis de Funes, que tive o prazer de rever recentemente, num filme também a preço bastante convidativo, apesar de se tratar de uma obra de 1958. Bons filmes se fizeram naquela época.

O dia acabou por ser um pouco menos cansativo. A manhã foi reservada à família, enquanto que a tarde foi dedicada ao "castelo". A obra não pára, assim haja boa vontade da minha parte. É nestas alturas, no meio de furos nas paredes, fios eléctricos, tintas, que crio muitas das histórias que coloco posteriormente em papel. As personagens aparecem facilmente e muitas vezes, tenho a sensação que falam comigo ali mesmo. São a minha companhia imaginária. Há quem chame a isso de loucura.

De médico e de louco todos temos um pouco. O velho mas actual ditado popular aplica-se inteiramente à minha situação. As loucuras que surgem são normalmente curadas à força de tarefas caseiras. Tarefas prazerosas, dedicadas, construtivas. É a minha parte de médico, auto-psiquiatria.

O dia termina e em breve começará outro. Quanto a mim, deixo-me levar pelo tempo e pelas letras que aqui deixo. Amanhã será um novo dia e já está totalmente programado. Felizmente os programas nem sempre se cumprem. Não faz mal, o que interessa é aproveitar o tempo que resta.

domingo, 20 de outubro de 2013

13

13 pratos, amor, livros, risos, conversa.

Simples momentos que vale a pena serem vividos...


... e sem superstições ou quaisquer outras complicações.


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Pareço ser...

... inteligente.


A minha modéstia rural não me permite concordar totalmente com a ideia de me considerar inteligente. É certo que não sou pessoa que se limita ao seu espaço, tenho muitas curiosidades e isso tem-me feito partir em busca de respostas. É certo que nem preciso sair de casa, pois tenho um mundo à distância de um ecrã de computador.

É também certo que só ter este mundo à disposição nem sempre me chega. De que vale ter um mundo tão perto quando nem sequer o ar de outras paragens se respira. O ar não é igual em todos os lugares do mundo. Com maior ou menos quantidade de oxigénio, com odores agradáveis ou não.

Confesso que preciso ler mais. Limito-me a histórias de conspiração, livros que facilmente chegam às prateleiras mais altas, ao destaque. Preciso ler clássicos, pois acho que esses têm as melhores respostas às perguntas mais complicadas. Nem sei como consigo escrever sobre certos assuntos, quando as dúvidas são tantas e precisam ser esclarecidas.

Dizem que tenho boa conversa, que conquisto com ela. A escrita principalmente. Que sou organizado nas respostas, que escrevo rápido, não dando tempo ao outro de reflectir sobre as frases com que "ataco". Deve ser a fome de conversa que invade todo o meu ser e que me faz fartar das paredes que me ouvem dia após dia.

Quantas vezes o bom humor afecta os sentimentos, as ideias. Quantas vezes a palhaçada invade as conversas mais sérias. Uma defesa apenas dizem alguns, uma forma de me esconder. A verdade é que os mais inteligentes despedaçam facilmente a máscara com que tento tapar a minha verdade. A verdade que tento esconder desesperadamente e que consigo vezes sem conta, tantas quanto aquelas que me exponho erradamente.

Não sou o ser tão inteligente como costumam dizer. Não sou o conhecedor da experiência que por vezes os meus textos parecem querer demonstrar. Antes pelo contrário, apenas me limito a fazer minhas as experiências daqueles que muitas vezes não têm coragem de as expressar ao mundo. Sou apenas um narrador ou contador de histórias, apesar de ter consciência que tais experiências podem de alguma forma ajudar alguns indecisos.

Pareço apenas ser inteligente. Afinal...



Chegará o dia...

... em que teremos finalmente a oportunidade de viver os nossos sonhos.

Entretanto fica a distância que nos separa...


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Forreta

Já devo ter escrito algo sobre o assunto mas deu-me a preguiça de ir à procura. Sim sou forreta e tenho algum orgulho nisso. Mas não sou forreta por não gostar de gastar dinheiro, bem pelo contrário, gosto muito de o gastar. Simplesmente não gosto é de o investir em coisas banais, como roupas de marca e outras porcarias semelhantes ou tecnologias.

Não me interesso minimamente por moda. Não quero saber sequer se as calças combinam com a camisola. Não me posso dar ao luxo de andar sempre a escolher, compro o que me serve e esse é sempre o maior problema. Também não gosto de calçar caro, afinal é para andar pelo chão e o caro hoje em dia já não é sinal de boa qualidade, antes pelo contrário, é apenas design.

Não tenho um telemóvel de última geração, daqueles que só por acaso até servem para fazer chamadas. Não gosto de i-pods, i-pads e outras coisas assim. Um telemóvel serve para falar com os amigos e para poder mandar mensagens, mesmo as mais parvas. Nada de complicações e preços exagerados.

Não compro camarão todos os dias, mas confesso que o gosto de fazer em alturas especiais: algumas festas ou quando me apetece. Não sou de culinária fina mas também não me deixo ficar por pratos usuais. Gosto de inventar, misturar ingredientes, obter novos sabores, aproveitar restos.

Não compro livros todas as semanas, nem todos os meses sequer. Gosto de comprar um livro dois ou três anos depois de ser novidade. Não é só uma questão de preço, gosto de ler sem ser constantemente inundado por comentários vindos de todo o lado. Quando deixa de ser novidade o povo esquece e eu agradeço.

Não tenho os CD's que estão na berra pois farto-me de ouvir sempre as mesmas músicas nas rádios nacionais. Tocadas vezes sem conta, até as minhas preferidas deixam de me interessar. Hoje comprei um CD do Nat King Cole, um dos meus cantores americanos favoritos. Apenas € 1,90. Uma pechincha tendo em conta a qualidade das músicas que contém.

Sou adepto das lojas dos chineses e não tem a ver unicamente com os preços por lá praticados. Bem sei que estão livres de impostos e que quem os fabrica são explorados diariamente. Gosto de ver a diversidade, de ver que um povo faz de tudo para sobreviver, até copiar as ideias dos outros. Não compro o que acho que não tem um mínimo de qualidade, mas compro o que encontro noutras lojas a preços exorbitantes, quantas vezes devido a marcas registadas e que afinal são fabricados exactamente no mesmo sítio que os produtos das lojas chinesas. As etiquetas não enganam.

Não faço férias no estrangeiro e só ultrapassei a fronteira terrestre portuguesa duas vezes na minha vida. Temos tanto que ver por cá, que me recuso a sair sem antes ter a oportunidade de visitar o bom que o nosso país oferece. Não saio mais porque existem locais que não devem ser apreciados a sós. Não faço intenção de me meter dentro de um avião nos próximos tempos. Não é medo de voar, é apenas a certeza de que se Deus quisesse que eu voasse, teria nascido pássaro.

Gosto de receber pessoas em casa e de lhes proporcionar conversa e algo que lhes encha as barrigas, que lubrifique as gargantas. Um doce, um salgado, uma bebida mais ou menos caseira. Gosto de investir nos meus hobbies, caseiros como sempre. Gosto de sair de bicicleta e percorrer estradas, transpôr montes. É talvez o meu hobbie mais dispendioso, mas mesmo sendo forreta não o deixo. Gosto de tantas coisas, tenho tantas ideias que infelizmente não podem ser concretizadas. Com tempo vai.

Dizem que sou forreta. Sou forreta e bom rapaz. Só não sou forreta com as letras, pois essas, por mais que eu tente, não me deixam em paz, não permitem que eu as poupe. Sou assim e desafio quem me queira mudar.